Vou ali à livraria e já volto
É dia 22 de janeiro e ainda não comprei nenhum livro este ano. Ao contrário do que estão a pensar não digo isto com grande alegria, como se estivesse a fazer um enorme esforço. Não estou.
Simplesmente não tenho tido tempo para ir a nenhuma livraria laurear.
É verdade que recebi um livro de oferta, o A última Ceia, do Nuno e que não tenho lido muito (o tempo, sempre o tempo, essa coisa tão escassa) mas a verdade é que ainda não comprei nada.
Raramente compro online (excepto ebooks, claro) porque gosto muito de ir à livraria e escolher um ou mais livros. Compro geralmente por impulso. Gosto de me deixar atrair por um título, por uma capa, por um nome e de ali ficar, um bocadinho, a ler a sinopse. Gosto de ir à procura de livros novos ou velhos dos meus escritores favoritos. Raramente compro um livro de uma lista. Claro que há livros que eu sei que vou comprar, mais cedo ou mais tarde mas estou a falar de outra coisa. Falo daqueles livros que vamos adicionando à lista porque ouvimos alguém falar deles ou porque vimos um post, ficámos interessados e escrevemos aquele nome num caderno. Se me interessar realmente, realmente, não vou precisar de listas e vou comprar o livro da próxima vez que entrar numa livraria.
Também não faço nenhum esforço consciente para não comprar livros. Eu gosto de livros, gosto de os ter e gosto de comprar livros e não me sinto minimamente culpada por isso. Não compro por atacado, nem compro livros que não tenho intenção de ler, nem compro livros quando não tenho dinheiro para isso... por isso, porque raio me deveria sentir culpada?
A verdade é que é dia 22 e eu ainda não comprei nenhum livro. Tenho que ir à livraria.