03
Set14
No Reino de Glome – C. S. Lewis
Catarina
Uma pessoa pega num livro e lê na capa:
A mais significativa e triunfante obra que Lewis escreveu - NEWYORK HERALD TRIBUNE - positivo!
Um dos maiores clássicos da fantasia, ao lado de “O Senhor dos Anéis” de J. R. R. Tolkien - muito positivo!
Na contra capa diz:
Agora já estou velha e não temo a fúria dos deuses… irei escrever neste livro tudo aquilo que uma pessoa que é feliz não se atreveria a escrever. Vou acusar os deuses, especialmente o deus da Montanha cinzenta. Vou contar tudo o que ele me fez, como se estivesse a apresentar a minha acusação perante um juíz. Eu sou Orual, a filha mais velha de Trom, rei de Glome. - é capaz de ser assim ao jeito das Brumas de Avalon, quero ler isto!
Depois começamos a ler e é uma seca descomunal do princípio ao fim.
A Orual, supostamentea nossa heroína, passa o tempo todo a queixar-se que é feia e que os deuses são maus e que lhe levaram a irmã bonita preferida.
A irmã bonita é oferecida ao filho da deusa Ungit e não quer voltar para a irmã feia porque “...agora sou esposa. Já não é a ti que devo obedecer.”
O avô Raposa é o filósofo grego chato.
Não ajuda o facto de nunca ter gostado da disciplina de filosofia e também de o autor frase sim frase não escrever cenas entre ( ) - é irritante.
Até percebo que seja a reinterpretação de uma história da mitologia clássica, é a visão do autor dessa história mas, tal como na música, se vais fazer uma nova versão convém que seja melhor ou tão boa como o original.
Podia ter lido só a nota final do livro que, em três páginas, conta a história original de Cupido, Psique e Vénus e tínhamos ficado por aí.
Tenho que aprendera deixar um livro a meio se não estiver a gostar.
Tempo da minha vida perdido que não vou recuperar, nunca.