Segredos Obscuros, de Michael Hjorth e Hans Rosenfeldt
Este livro é um dos grandes sucessos policiais dos últimos anos e resolvi pegar-lhe porque nada como um bom policial, sangrento quanto baste, para nos distrair do dia a dia chato e complicado que temos por estes dias.
E tenho que vos dizer já que este livro foi uma desilusão. Lê-se mas não me encheu as medidas.
Eu sei que é típico que os protagonistas deste tipo de livro sejam sofridos, problemáticos, enfim, parece que só assim se é um bom profissional (veja-se o meu querido Harry Hole, dos livros do Nesbo). E o "nosso" Sebastian não foge à regra... o problema é que o personagem me pareceu ser um herói escrito por uma adolescente, o típico bad boy, giro, sedutor e que come tudo o que mexe mas que só o faz porque, coitadinho, é traumatizado. Revirei muito os olhos. É um cliché tão mas tão grande que me conseguiu fazer criar anti-corpos contra este livro. Ora se eu não leio romances de cordel porque os protagonistas são geralmente assim (mas, claro, redimem-se pelo Amorrrrrr) é preciso ter alguma má sorte para apanhar um num policial.
Enfim, continuemos....
O crime em si. A equipa de detectives. Oh meus amigos, vocês descobriram o cerna da coisa ainda antes do meio do livro, certo? Então porque raio isso nem passou na cabeça daqueles moços e moças? Bastante previsível o "quem". O "porquê" já não o foi tanto e foi isso me fez puxar as estrelinhas até o 3.
Gostei da equipa de detectives e das dinâmicas. Presumo que cada um deles tenha a sua "dose" de problemas, dramas e traumas (mas quem não os tem, não é), que serão devidamente explorados ao longo dos vários livros da série e há ali material interessante para explorar. Se bem que aquele twist final...muito revirar de olhos, senhores, outra vez. Veremos.
Ainda não decidi se vou ou não continuar a ler a série, se lhe darei outra hipótese ou não. Veremos.