São tempos interessantes
Na última semana deu-se mais uma revolução nas redes sociais. Não sei se a morte do Twitter é "manifestamente exagerada" ou se é desta que o pássaro azul vai mesmo à vida. Eu apaguei a minha conta. Há uma semana decidi que chegava. A "minha" rede era, desde há muito, o Twitter, gostava daquela interacção através de palavras, aprendi bastante, acabei por me apoiar naquelas contas para estar informada. Com a venda da rede ao Elon Musk e as alterações que foram acontecendo tornou-se cada vez menos possível acreditar no que por ali se diz (pelo menos sem fazer uma verificação séria), tornou-se também bastante difícil ter uma opinião sem ter uma enxurrada de energúmenos a chatear, insultar. Até falar de livros se tornou difícil. E por isso chegou ao fim mais este ciclo. A violência que me fazia estar cada vez mais calada acabou por fazer a diferença e mostrar-me que eu já não tinha lugar ali. Numa tentativa de manter o contacto com algumas pessoas que fui conhecendo nos últimos anos abri conta no Mastodon e no Bluesky, no primeiro há uma comunidade de leitores jeitosa, o segundo parece o Twitter há uns anos mas ainda bastante calmo. A nova rede do Meta não é nem será para mim - e se o Instagram tiver que ir à vida por causa disso, irá.
Não sei