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Ler por aí

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03
Mar22

podemos fechar a guerra?

Patrícia

Acordo.  Ainda é noite e sei, por isso, que ainda tenho algumas horas até ter que me levantar. Este é um dos meu pequenos dramas, não durmo bem há anos e as consequências disso já se fazem sentir. O primeiro pensamento lógico é para a guerra. Em 2022 e acordo a pensar na guerra. Como é possível? Como chegámos aqui? Em quantas encruzilhadas falhámos para que um povo esteja a sofrer daquela maneira? 

Um louco, com a loucura dos sãos que têm em si o mal, decidiu invadir um país apenas devido às suas ideias megalómanas e o mundo assiste armado com sanções económicas e armando os outros, aqueles que defendem a sua terra e nos defendem dos sonhos de expansão de um homem. A nossa consciência apazigua-se com aquela caridade fácil e rápida em que somos tão bons e com a ideia de que a inacção é o único garante da paz porque o Golias tem armas nucleares e não tem medo de as usar (leiam a crónica da Carmo Afonso de ontem sobre isto) . Apaziguamos a nossa consciência com manifestações e gritos pela paz, que nos lavam a alma e justificam plenamente que assistamos a mais uma guerra através dos telemóveis. 

Esta noite caiu mais uma cidade nas mãos dos russos, Kherson, lemos nós enquanto nos preparamos para sair do quentinho da cama, tomamos café ou escrevemos um post no blog (hipocrisia alert). Elogiamos a coragem Zelensky, um dos homens que nos está a impedir de deixar esta guerra cair para um cantinho do jornal, mas sabemos que será apenas umas questão de tempo até a Ucrânia cair nas mãos de Putin. Alguém acredita que os Russos estão nas negociações de paz com seriedade? Quero muito estar enganada mas, se nada mais mudar, isto só acaba com a Ucrânia com nas mãos de Putin. Com as sanções económicas em vigor - se não deixarmos este assunto desaparecer - talvez, talvez, a fome de poder do Putin seja, de certa forma, refreada, e ele fique por ali durante uns tempos. Arrefece a guerra mas é guerra na mesma.

Infelizmente esta guerra não nos uniu, tal como a pandemia não o tinha feito. Mas em tempos difíceis há sempre pessoas que se destacam e nos dão esperança ao mesmo tempo que ajudam os outros. Pessoas que trabalham incansavelmente para fazer estas coisas acontecer. A elas, o meu obrigada. As iniciativas multiplicam-se para ajudar os refugiados, para enviar medicamentos, roupa e comida para ajudar os que estão a lutar pelo seu país e os que fogem de casa. E sim, isto também é importante. Neste momento é uma obrigação. E é fácil contribuir. 

 

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