01
Jun11
O meu país inventado, de Isabel Allende
Patrícia
Sinopse
O amor pelo Chile e uma grande nostalgia são a origem deste livro. A presença contínua do passado, o sentimento de ver-se ausente da pátria, a melancolia por essa perda, a consciência de ter sido peregrina e forasteira: em “O Meu País Inventado”, Isabel Allende recolhe toda a emoção que isso implica, e transmite-a com inteligência e humor. Analisado pelo olhar e pelas recordações da autora, o Chile torna-se num país real e simultaneamente fantástico, uma terra estóica e hospitaleira, de homens machistas e mulheres fortes, apegadas à terra. Mas, essencialmente, é o cenário da sua infância que aparece retratado: evocados com graça, aqui ganham vida de novo a sua original família, a casa dos avós, o cerimonial dos almoços, as histórias de infidelidade... e os espíritos que sempre a acompanharam.
Em "O Meu País Inventado", Isabel Allende reúne todos os seus sentimentos para recriar duas histórias entrelaçadas, a do seu país e a sua própria, num tom intimista, de confissão autobiográfica poética.
Gosto muito da escrita da Isabel Allende. Gosto desde que li o “A casa dos espíritos”.
Este “O meu país inventado” é completamente diferente dos outros livros da escrito se bem que os completa, ou melhor conta a história por detrás da estória. O livro, muito autobiográfico, fala principalmente do Chile, dos Chilenos e de Isabel Allende enquanto Chilena. Claro que, como Isabel Allende vai avisando ao longo do livro, este Chile que nos é apresentado é um misto de realidade e imaginação como qualquer memória que tenhamos, em que exageramos nas qualidades e desprezamos os defeitos. Enquanto lia o livro pensei imensas vezes “tenho que vir copiar esta passagem para pôr no blog. É perfeita para ilustrar a minha opinião” mas depois continuava a ler e nunca mais me lembrava de pelo menos apontar a página.
É um livro à “Allende” e fez-me ter vontade de ler os livros dela que me faltam “A filha da fortuna”, “Soma dos dias” e “Paula” (que já tentei começar a ler algumas vezes, mas depois desisto sabendo que vai ser triste, triste).