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Ler por aí

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02
Jan15

Mini-conto de 2014

Patrícia

Tudo começou em Janeiro de 1Q84. Eram dias e noites estranhos, noites com duas luas no céus enquanto no dia brilhava apenas um Meio-sol Amarelo. Descobri que não sabia bem onde estava, o mundo era uma espécie de Roda e subitamente era como se não tivesse ainda vivido uma vida e tudo eram Primeiras Coisas. Não tive outra hipótese senão ficar no Hotel Memória onde à janela me perguntava afinal Que importa a fúria do mar Quando o Cuco Chama
Ainda tentava perceber o que me tinha acontecido quando, numa comunidade de leitores, conheci uma Americanah que no meio da mais estranha conversa da minha vida me contou a história d'A segunda morte de Ana Karénina
A verdade é que continuava presa em 1Q84. Nesta altura já só queria voltar para o meu mundo, aquele onde Tudo são histórias de amor. Seria preciso um Mal Nascer para reviver a A última noite em Lisboa? Ansiava por escrever a  minha história, a nossa Biografia involuntária dos amantes mas em vez disso pedia, por favor,  Por favor não matem a cotovia. Sentia que estava a viver uma vida que não era a minha, uma Vida Roubada.
A cor do Hibisco inundou a minha vida só para que pudesse esquecer que havia Sangue Vermelho em campo de neve.

Foi sem intenção, apenas porque estava na moda, que decidi jogar O jogo de Ripper  sem pensar nas consequências. Dizem que sebastião nunca mais foi visto depois disso e que Jesus cristo bebia cerveja  para tentar esquecer que o seu amigo está perdido Em parte incerta. Continuo a acreditar que os culpados foram Os demónios de Álvaro Cobra que esconderam o desgraçado em Shadowfell. Apesar de todos os pedidos (e fizemos bastantes) A sentinela  não nos deixou entrar e procurar porque No céu não há limões. Não desistimos e continuamos Em busca do carneiro selvagem

O retorno à minha realidade era cada vez mais improvável, estava já a desesperar quando O feiticeiro e a Sombra  que sempre o acompanhava me aconselharam a ir assistir à peça de teatro A instalação do medo que estava em cena n' Os túmulos de Atuan. Para lá chegar segui A viagem do Elefante, um bicho estranho e enorme que só se alimentava a Bifes mal passados mas que tinha o mapa do tesouro, que é como quem diz, GPS para me conduzir ao destino. Não era só eu nesta vigem. Ali conheci gente diferente e interessante. Imagem lá que até fiquei a saber a A história de uma serva famosa num outro universo. Em boa hora aceitei o conselho de ir a Atuan porque quando lá cheguei encontrei O meu irmão à espera para me ajudar a regressar e finalmente fiquei a conhecer o caminho para me levar a Galveias, ao meu mundo, a casa. Não voltarei para A cidade do medo, nem retornarei às aventuras naquele mundo de duas luas e um meio-sol, prefiro ficar aqui, em casa, neste tempo sem surpresas, neste tempo morto. Mas com a certeza que  O tempo morto é um bom lugar.

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