Leituras em tempos estranhos
Penso muitas vezes que devia apagar o blog uma vez que lhe dou tão pouca atenção. Para vos dizer a verdade voltei a escrever e a registar as leituras num caderno porque a vontade de vir escrever aqui tem sido pouca. Descobri não ter (ainda) a coragem de acabar com isto (acabar com o Facebook e com Instagram foi infinitamente mais fácil) porque há muito da minha história com os livros aqui, porque dediquei muito tempo a blog e porque eu gosto bastantes de blogs - são sempre a minha plataforma favorita de partilha de leituras.
O ano de 2020 em livro seria arrumado, por um leitor de 2019, na prateleira das distopias. Hoje gostaríamos de o arrumar na prateleira dos Históricos mas infelizmente ainda o vivemos. Nada, nem sequer a literatura, será a mesma depois destes tempos (mais estranhos que) extraordinários. Nenhum de nós ultrapassará este ano sem marcas.
Tenho a certeza que alguns livros marcaram/marcarão este tempo e que ainda diremos (eu sei que direi) que os "livros lidos na pandemia" nos ajudaram a manter a sanidade mental.
Na primeiro confinamento muita gente dizia que não estava a conseguir ler, que não se conseguia concentrar o suficiente. Comigo nunca aconteceu, confesso, mas o meu ritmo de leitura tem diminuído muito. Não é que isso me incomode "per si" mas as razões pelo qual às vezes me é difícil pegar num livro já me chateiam mais um bocadinho (a vida acontece e nem sempre é maravilhosa).
Quando voltei a confinar (esta palavra entrou para sempre no nosso vocabulário, não é?), separei alguns livros para os próximos tempos. Em primeiro lugar os livros que me emprestaram: A casa quieta, do Rodrigo Guedes de Carvalho e Nunca me Deixes, de Kazuo Ishiguro. Depois um dos últimos livros que comprei: Cidade Infecta, de Teresa Veiga.
Para já estou a ler A casa quieta, um livro que me está a angustiar bastante (paradoxalmente é tão bom quando isto acontece, não é?) e que, como tal, estou a ler devagarinho. No Kobo tenho em andamento o "Rua de Paris em dia de chuva" da Isabel Rio Novo que, para vos dizer a verdade, ainda não me convenceu (apesar de ter algumas opiniões fabulosas de grandes leitoras). E no telemóvel vou (re)ouvindo o Oathbringer, já em contagem decrescente para o 4º volume dos Stormlight Archive do Brandon Sanderson que sairá no dia 26 de Novembro.
E vocês, o que andam a ler?