Já podemos falar de outra coisa que não as eleições?
Falando de coisas verdadeiramente importantes*, esta é a semana dos prémios. Cada dia é anunciado um novo vencedor e amanhã até há dois (Apostas por aí? Depois da escandaleira do ano passado vão ser as mulheres as vencedoras? Teremos a língua portuguesa em destaque? Aqui em casa, confesso, torcemos pelo Mia Couto este ano. Mas gostava de ver mulheres a ganhar. Aposto que, um dia, na corrida estarão a Dulce Maria Cardoso e o Gonçalo M. Tavares - quem me conhece já sabe que torço por eles. Das apostas internacionais, gosto bastante do Murakami, mas desconfio que este, como o Lobo Antunes, serão os eternos candidatos! Ah, conheço a Joyce Carol Oates, claro).
Mas por cá destaco a escritora Luísa Costa Gomes que, com o seu Florinhas de Soror Nada, ganhou o prémio Urbano Tavares Rodrigues, pelo:
“extremo rigor da sua construção e da linguagem, cujo poder de inventiva e contágio, a par de personagens intensas e do entrecho, desmontam os lugares comuns concernentes às relações entre a fé e o conhecimento, ao feminismo estereotipado e à vacuidade manipuladora do chamado politicamente correcto”
Já o Afonso Reis Cabral foi distinguido com o prémio José Saramago com o Pão de Açucar.
Ah e o ARC tem um novo livro, onde conta a aventura de ter caminhado ao longo da N2. Eu segui a aventura pelo facebook pelo que recomendo o livro (e a N2, especialmente ali à volta do Km 688).
A ambos os Parabéns e obrigada pelas belas horas de leitura que nos têm proporcionado ao longo dos anos.
* não me chateiem, isto é um blog de livros, aqui falo de livros e estou farta de política até aos olhos, por isso, neste preciso momento, não há nada tão importante para mim quando a literatura. Mas acho que já mostrei um pouco da minha posição sobre este assunto aqui.