interlúdio
Chega o meio do ano (como é que já passou meio ano se ainda agora estávamos a escrever 2023 nas datas? juro que o tempo corre a uma velocidade cada vez maior) e com ele uma espécie de balanço. Tem sido um ano estranho de leituras, tenho a sensação de que pouco ou nada li mas os números dizem outra coisa e não são assim tão baixos. Nisto o que conta é a intenção ou melhor, a percepção. Li pouco, apesar de ter havido dias ou semanas em que li bastante. É verdade que poderia ter lido mais mas também é verdade que li o que me apeteceu. Retrospectivamente gostava de ler lido mais, sei que algumas das noites que passei a ver séries de que já nem me lembro poderiam ter sido passadas a ler mas o cansaço (físico mas sobretudo psicológico) não o permitiu.
A percepção de que li pouco tem muito a ver com a qualidade das leituras que fiz. Enquanto livros como o Anna Karénina, o Amor estrado ou Kafka à beira mar me encheram as medidas outros houve que me desiludiram. E, infelizmente, neste semestre houve mais do que um destes.
Eu sei que a minha incapacidade para desistir de um livro é um problema. Há tantos livros, para quê perder tempo quando sei que aquele livro não é para mim? Quem me conhece sabe a resposta que dou meio a sério, meio a brincar: só posso falar mal de um livro que li até ao fim. Sinto sempre que sou injusta se não terminar aquele livro. O fim pode salvar um livro. Não sou capaz de dar nenhum exemplo mas tenho a certeza disto. Ou pelo menos espero que seja verdade.
Nestes meses perdi muito tempo com erros de casting.
A segunda metade do meu ano vai ser dedicada à fantasia. Hei-de reler (pela terceira vez se não me falha a memória) o The Way of Kings, do Brandon Sanderson, só porque vai, finalmente, sair a tradução portuguesa (não se preocupem, ainda ouvirão falar muito sobre isto) e hei-de acabar o ano a ler o quinto volume desta mesma série que vai sair dia 06 de Dezembro (sim, tenho na agenda) na versão original. O que vou ler entre um e outro é um mistério mas não me há-de faltar escolha.