Enfrentemos Setembro com um livro debaixo do braço
Gosto de meses de recomeço e, para mim, Setembro é mais um recomeço que Janeiro. Setembro tem manhãs a cheirar a frio, noites a crescer, Setembro tem em si todos os sonhos do mundo. As agendas deviam começar em Setembro e não em Janeiro. E sim, sei bem que já existem, estive quase a comprar uma mas tive juízo, praticamente só uso as agendas do telefone e do outlook pelo que, por mais que adore, não faz qualquer sentido carregar mais um peso. Além disso, as agendas em papel têm um defeito: são datadas (mesmo as sem fim) pelo que um caderno branco é bem mais simpático, útil e imprescindível. E eu gosto de cadernos, senhores, e isso é outra coisa que me faz adorar Setembro: as campanhas de regresso às aulas.
E já vos falei das noites mas não o suficiente que vos mostre o quão fico feliz por estes dias intermináveis começarem a passar. Gosto de dias pequenos e noites longas, como gosto de frio e de chuva. Sou estranha, eu sei, mas é o que é.
E os cheiros de Setembro? O cheiro a chuva ainda com calor. O cheiro a sol quase de inverno mas que ainda aquece os ossos. O cheiro a praia vazia. O cheiro a castanhas nos dias mais frios.
Nos livros também Setembro é aquele mês. Começam a sair as novidades e há sempre livros novos à nossa espera. Recomeçam os clubes literários, os podcasts regressam, a vida torna a acontecer com aquele sentimento de esperança de que precisamos agora mais do que nunca.
Em Setembro apetece-me mudar tudo. Por razões que não são importantes para este blog, este Setembro será também importante para consolidar algumas mudanças e implementar outras. Como sempre, quando nem tudo corre bem, é nas páginas dos livros me escondo, é nas páginas dos livros, no tempo passado a ler que encontro força, esperança e aquela energia extra que preciso para seguir em frente. Acho que este Setembro, mais do que muitos outros, vai ser decisivo. Imagino que para alguns de vocês também. Enfrentemos Setembro com um livro debaixo do braço.
“Were you . . . thinkin’ you’d fight them all on your own?” Lift said. “With a book?”
“There is someone else for me to fight here.”
“. . . With a book?”
“Yes.”
She shook her head. “Sure, all right. Why not? What do you want me to do?”
The girl didn’t match the conventional ideal of a Knight Radiant. Not even five feet tall, thin and wiry, she looked more urchin than soldier.
She was also all he had.
“Do you have a weapon?” he asked.
“Nope. Can’t read.”
(Oathbringer, de Brandon Sanderson)