Defiant, de Brandon Sanderson
Chega ao fim a aventura que foi ler as aventuras de Spensa, call sign Spin, nesta saga de livros YA. Diverti-me bastante ao longo do processo. Estou claramente fora do grupo-alvo para esta leitura e o meu esforço é sempre julgá-lo como tal. Sei que a Patrícia de 14-18 anos teria adorado esta saga. A primeira coisa que tenho para dizer é que é uma saga muito divertida e empolgante. As aventuras da Spin e deste grupo são empolgantes. Mas, tal como se quer de um YA, esta saga é bem mais do que isso e aborda uma série de temas, uns de uma série bastante óbvia, outros de forma mais subtil mas sempre de forma directa. São livros para adolescentes e isso nota-se, não deixando por isso de poderem ser lidos por malta de outras idades. Desde o primeiro livro que M-Bot é a minha personagem favorita, dava por mim a rir cada vez que ele dava aparecia. Uma nave IA com um obsessão por cogumelos e um sentido de humor bastante peculiar mas a Kimmalyn (bless your stars) e a Doomslug têm um lugar especial no meu coração.
A literatura, a leitura tem um papel fundamental na construção de adultos bem formados, de bem com vida e livros que celebrem a diferença são fundamentais. E é precisamente a diferença e a importância da igualdade de direitos que está escarrapachado em cada página deste livro. Amizade, luto, perda, pertença, está tudo presente por aqui. E claro, nada como a fantasia/ficção cientifica para nos fazer reflectir sobre o actual estado do mundo que é, para não ser demasiado exagerada, uma merda.
Gostava imenso de ver estes livros traduzidos por cá, ia fazer questão de os oferecer a todos os adolescentes que conheço.