da normalidade e coisas que tal
São 19h05 do primeiro dia de "trabalho" do ano.
Há duas coisas "interessantes" nesta frase: a primeira é que eu escrevi sem pensar muito que hoje, dia 04 de Janeiro, foi o primeiro dia de trabalho do ano como se tudo o fiz nos últimos 3 dias não fosse "trabalho". Cozinhar não é trabalho, limpar não é trabalho, organizar não é trabalho, cuidar não é trabalho. É também minha (nossa) a culpa da desvalorização de todo o trabalho não-remunerado que fazemos como se fosse de somenos importância.
Adiante, talvez um dia volte ao tema mas não é bem disso que hoje vinha aqui falar.
Passemos para o segundo facto interessante da frase: são 19h05, acabei de trabalhar mas o meu horário de saída é às 18h. E garanto-vos que não me atrasei à entrada e que não tive um minuto livre no meu dia. E isto é "normal". É verdade que não costumo ter dias tão assoberbados (tive que fazer algum malabarismo mas acho que não deixei nada de urgente por tratar) e também é verdade que adoro o meu trabalho mas (e há sempre um "mas" quando paramos para pensar) a verdade é que deveria ter podido passar a última hora a ler se me tivesse apetecido e não o pude fazer. E devia ser possível acabar um dia de trabalho (especialmente depois de um fim de semana comprido) sem estar completamente estafada.
O que me apetecia? estar relaxadamente a curtir a minha lareira e a ler o meu livro
Mas agora que acabei o "trabalho" preciso organizar roupa, fazer o jantar (mentira, na verdade preciso do ir comprar porque a lâmpada do candeeiro da cozinha fundiu e é daquelas compridas, precisa de 4 mãos, pelo que hoje é dia de take away) mas só consigo pensar em atirar-me para o sofá e fechar os olhos por 10 minutos. Só 10 minutos.