30
Dez12
Curtas 33: A verdade da ficção
Patrícia
Há livros que nos conquistam de tal forma e que (quase) nos fazem acreditar na realidade daquela ficção. Misturar factos reais com outros imaginados dá nisto: leitores a crer que aquela é A realidade. O que, atrevo-me a dizer, raramente acontece.
Pergunta-se muito aos escritores qual o seu livro mais "auto-biográfico". É engraçado ouvi-los dizer "nenhum" principalmente quando grande parte dos seus livros são escritos na primeira pessoa e cujo narrador parece mesmo, mesmo, aquele autor. E aí confundimos a pessoa com o escritor.
Assim tento nunca me esquecer que a ficção, por mais factos verídicos que inclua, não deixa de ser ficção e que acreditar no contrário é tolo (por mais que seja um grande elogio ao autor não é um assim tão grande elogio ao leitor).
Pergunta-se muito aos escritores qual o seu livro mais "auto-biográfico". É engraçado ouvi-los dizer "nenhum" principalmente quando grande parte dos seus livros são escritos na primeira pessoa e cujo narrador parece mesmo, mesmo, aquele autor. E aí confundimos a pessoa com o escritor.
Assim tento nunca me esquecer que a ficção, por mais factos verídicos que inclua, não deixa de ser ficção e que acreditar no contrário é tolo (por mais que seja um grande elogio ao autor não é um assim tão grande elogio ao leitor).