Curtas 2017 #16 : Chamem-me "velha do restelo" à vontade
Em estudante era normal usar todos os truques para escrever mais depressa. Comer letras nas palavras era o mais básico. Os "que" passavam a um "q" cortado em baixo, os advérbios terminados em "mente" tinham uma "/" em vez deste final, o muito passava a mto, o quanto a qto. Por razões profissionais (sou do tempo em que parte da comunicação se fazia por telex - já não do picotado mas via computador - pago por caracter) aprendi muito mais abreviaturas, em português e em inglês que uso regularmente por fazer parte da linguagem da área (há listagens imensas de abreviaturas, é todo um mundo).
Talvez por ter este hábito enraizado não me consigo habituar às substituições dos Q por K ou do CH por X. Não considero ter qualquer benefício, não poupa tempo, irrita-me e considero-o esteticamente feio (e antes que perguntem, sim, acho uma página cheia de palavras uma visão bonita - o problema é quando determinadas palavras - erros ortográficos, por exemplo - sobressaem).