Anonimato
Gosto da liberdade do anonimato. Afinal é mais fácil conversar com o barman que com os nossos conhecidos. Bem, se é mesmo assim não sei (mas vi em muitos filmes) porque nunca me pus à conversa com um barman, na verdade não vou a um bar há que tempos e até tenho saudades mas a vida acontece por estes lados e quase me desabituou de sair de casa, hoje em dia faço um esforço muito grande só para ir jantar fora, que dizer de ir a um bar. E, por isso é que só as (minhas) pessoas dos livros sabem da existência deste blog e por isso é que me fui tornando invisível nas redes sociais, de forma deliberada e consciente. Não é que a existência do Ler por aí seja um segredo mas não é algo que divulgue, que ponha no cv ou partilhe com a maioria das pessoas. Estas, se estiverem atentas, percebem. Mas raramente as pessoas estão atentas aos outros. Os textos que vou escrevendo só divulgo no Bluesky e no Mastodon (um ou outro no Insta), redes onde se contam pelos dedos as pessoas que me conhecem pessoalmente. Gosto da liberdade do anonimado. Não significa isto que não escreva em nome próprio, que escrevo, ou que me esconda atrás de um avatar. Não o faço. Eu sou eu. O gato que está ali em cima é mesmo um dos meus gatos e é mais conhecido do que eu. Gosto da interacção que acontece por aqui mas isto não me define. Não sou influencer, nem criadora de conteúdos, nunca tive uma parceria, não faço divulgações nem tenho qualquer intenção de ser ou fazer qualquer uma destas coisas. E hiatos entre publicação de textos vão sempre acontecer. E há alturas em que leio os vossos blogs e comento, há alturas em que leio sem comentar e há alturas em não leio porque não me apetece. Falo sobre livros e sobre outras coisas se me apetecer, mas falo maioriamente sobre livros. Não gosto de falar sobre mim enquanto pessoas para além dos livros e tendo não escrever sobre o que não sei, e eu não sei imensa coisa logo escrevo sobre pouco.
Anda gente nova por aqui, este texto é para vocês, não esperem muito.