07
Nov12
Alma Rebelde, Carla M. Soares
Patrícia

Não sei muito bem o que esperava uma vez que antes tinhalido, desta escritora, um livro de aventuras e do fantástico. Além disso todasas opiniões que li deste livro eram bastante boas.
Joana e Santiago, em pleno século XIX, estão destinados –vá, obrigados pelos respetivosprogenitores- a ficar juntos. Esta é a história do seu romance.
Em pleno século 19, com Lisboa a lutar contra as febres,Joana atravessa o país para se reunir à família do homem a quem foi… vendida?
Neste livro fala-se de muitos temas: a relação entre aburguesia e a nobreza (o poder versus o dinheiro – tema extremamente pertinenteainda hoje), a sociedade do século XIX, o lugar das mulheres numa sociedadeextremamente machista, a educação (principalmente das mulheres), a relaçãoentre Portugal e o Brasil (terra de oportunidades). Na minha opinião, todosestes temas foram um bocadinhopreteridos em relação ao romance propriamente ditos. Pessoalmente gostaria deter sabido mais sobre a sociedade da época do que sobre as dúvidas existências deJoana (e muitas vezes, quando tinha vontade de esbofetear a miúda, tenha que melembrar que ela já era “muito à frente” para o século XIX). Gostava mais de terlido sobre a prepotência do pai de Santiago do ter acompanhado os passeios deJoana e Santiago.
Gostei imenso das Cartas de Ester. Foi uma óptima forma debalancear a narrativa e de conhecer um outro lado (o mais negro – e mais comum-da sociedade machista do nosso Portugal do Séc XIX). Tenho pena de não terconhecido melhor Alice…
Resumindo e concluindo: Acho que foi uma boa estreia que nãofica nada atrás dos romances de época que já tenho lido. Quando quiser oferecerum romance a alguém vou ter este emconsideração e vou ficar à espera da edição do A grande Mão para oferecer a quem gosta de aventuras…. Parabéns, Carla.