22
Abr10
A saga das pedras mágicas, volumes I, II e III de Sandra Carvalho
Patrícia
Há poucos escritores Portugueses a escrever fantasia. Sandra Carvalho é uma delas com a sua “Saga das pedras mágicas”. Li estes três primeiros volumes há imenso tempo, mais ou menos na altura em que foram publicados. Na altura li-os mas não os achei grande coisa. A história pareceu-me demasiado parecida com outras histórias de fantasia. Comparar Sandra Carvalho e Juliet Marillier pode parecer uma injustiça mas tornou-se inevitável: as histórias de Catelyn e de Sorcha têm demasiados pontos em comum. E eu gosto muito da Shorcha. Então e acho que só por causa disso não gosto tanto da Catelyn. Depois, e porque cheguei ao meu limite com histórias inacabadas parei de comprar os livros desta saga.
Agora e depois de ouvir falar do sexto livro da série e porque me apeteceu regressar à fantasia, fui lê-los novamente. E desta vez gostei mais. No livro, conhecemos Catelyn e os irmãos. Foi aqui que me irritou um bocadinho a história: sete irmãos, uma mãe que morre e é substituída pela bruxa má, a nossa heroína sem saber ler nem escrever é a única capaz de vencer a bruxa e pronto… temos uma nova cinderela que se apaixona pelo seu captor (síndrome de Estocolmo, certo?) que afinal é bonzinho e honrado e tudo. Mais uma vez, qual Sorcha, a nossa Catelyn também fica sem voz e não consegue explicar muito bem quem é ali naquela terra distante. Depois disto a história ganha vida própria e consegue cativar. Catelyn e o seu guerreiro lobo têm um destino a cumprir. No terceiro volume a história para a ser a da filha de Catelyn, Edwina. Esta personagem, rainha do sol, tem como destino lutar com Edwin, que está a ser treinado pelo herdeiro da lágrima da lua. Claro que o destino faz das suas e entre os dois é forjada uma relação muito mais forte do que a educação, os treinos a que estão sujeitos e que qualquer profecia. Ficam para os próximos livros as histórias de Freya e da Loba prateada (Espero que não seja parecida à da Liadan….) e o desfecho desta luta entre o sol e as trevas.