07
Jun12
A Queda de Gigantes, de Ken Follet
Patrícia
Já acabei de ler o livro “Queda de gigantes”há quase um mês, mas não tenho tido tempo para vir aqui escrever a minhaopinião.
Numa altura de intenso trabalho ter começado aler este livro, enorme, foi uma loucura total. Ainda por cima “tive” que fazer umapausa para ler o “O teu rosto será o último” por isso esta leitura arrastou-see talvez não lhe tenha dado a atenção merecida.
Mas, apesar de tudo, adorei. Como já imaginavaque acontecesse. O romance histórico é um dos meus géneros literários favoritose o Ken Follet consegue, como poucos escritores, prender-me a atenção (perde ,por pouco, para a Colleen McCullough como seu “Primeiro Homem de Roma"). Apesar de ser fã deste género literário nãosou, de todo, muito exigente com a parte histórica. Quero com isto dizer quenão tenho assim tantos conhecimentos de história (depois do nono ano nunca maistive história e a verdade é que, com uma exceção, os meus professores não foram assim tão bons) e que basta que não hajanenhum erro demasiado óbvio para que eu fique feliz. Quando leio sobre o Egiptoou Roma a coisa já é um bocadinho diferente porque, como adoro esses temas, leiobastante e pesquiso tudo e mais alguma coisa. Mas da história do século XXconfesso não saber assim tanta coisa e este livro foi fantástico para colmatar uma série de falhas.
5 famílias cuja história se entrelaça entre sie com a história mundial, com romance, crime, castigos (ou nem por isso), sortee azar. Valores como honra que se misturam e às vezes se confundem com puropreconceito.
Acho que vou ter, durante muito tempo,saudades daqueles personagens. Da Ethel, mulher de armas, fantástica. Umalutadora. Da Maud, que apesar de me ter desiludido um bocadinho espero que sejafeliz. Difícil vida que escolheu. DoGus, uma surpresa. Do Walter. Do Fritz (ah, este ainda vai ter muito sapinhoque engolir).
É-me mais difícil falar da guerra da Rússiaporque, como em tantos conflitos, a razão não está em lado nenhum. A teorianunca consegue transformar-se na prática. A justiça não existe. E ler sobre umaguerra que vai ter tantas implicações tristes é muito complicado.
Gostei da forma como o escritor misturousituações reais com ficção (lá está a minha falta de conhecimentos históricos aemergir) e pôs os personagens em locais de destaque mundial. Gosteiprincipalmente de como os vários ângulos da história foram abordados: não háverdades absolutas , não há lados com razão e lados sem razão. Há interesses,uns bem intencionados outros nem por isso. Porque as guerras, todas as guerras,são começadas por poucos, por razões que pouco ou nada têm a ver com o que senoticia e se divulga. A história é contada e escrita pelos vencedores e àsvezes precisamos afastar-nos e olhar vencedores e vencidos e ver que, não rarasvezes, são exatamente iguais.
Agora é só esperar pelos dois próximosvolumes.