27
Set12
A Grande Mão, de Carla M. Soares
Patrícia
A Carla M. Soares, do blog Monsters Bues, disponibilizou (temporariamente) no seu blog, o ebook A Grande Mão e eu, sem grande tempo nem cabeça para leituras mais complexas, estive a lê-lo.
Não sabia o que me esperava e não tinha qualquer expectativa (ainda não li o livro dela, Alma Rebelde).
O livro, de fantasia e aventuras, conta-nos a história de um rapaz, o Nolan, que é especial. Desde início se percebe que a sua relação com a natureza é diferente. Temos também uma guerreira e o seu fiel companheiro. Quando os três se juntam são capazes de tudo... especialmente quando o dom de Nolan se intromete e os torna capazes de mudar o destino. Afinal o destino tem que se adaptar às escolhas de cada um deles.
A história é interessante, o dom do Nolan é bastante bem conseguido (a mim encantou-me), a sua empatia com o Tinta dá um toque especial ao livro (tenho um fraquinho por cavalos) e a sua ligação com Eirina dá-lhe uma dimensão mais humana, aproxima-o do leitor.
Confesso que ao longo do livro me interroguei qual seria o público-alvo deste livro. Posso, sem dúvida alguma, incluí-lo no género YA. Mas, a história no geral parece-me mais indicada para um público mais jovem. Mas no particular nem por isso. E este é o pior que tenho a dizer deste livro. Há cenas um pouco violentas demais, gráficas demais para miúdos. Não são muitas, mas há. Não é um livro que conta uma história feliz. Há algumas situações tensas e muitas mortes, demasiadas. E nem todas são absolutamente justificáveis (e se estamos à espera disso da parte dos vilões, não o estamos da parte dos heróis).
Quero com isto dizer que acho que com algumas partes um pouco mais suaves é um livro capaz de entusiasmar alguns miúdos. Sei que eu teria, na minha adolescência, gostado bastante (O Tinta e o dom do Nolan garantiam isso)... mas enquanto adulta acho que há cenas demasiado fortes para que o ache adequado para essa faixa etária.
Resumindo: Acho que a Carla está de parabéns, obrigada por nos teres dado a oportunidade de ler. Se um dia ela escrever a continuação desta história vou fazer questão de a ler.
(* foto descaradamente roubada do blog da autora )