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Ler por aí

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24
Abr13

A bala santa, de Luís Miguel Rocha

Patrícia
 
Com o tempo esqueço-me de porqueé que decidi deixar de ler os livros de certos escritores. Antes de comprar umlivro tenho que ir reler as minhas notas (ou seja os post) sobre os livros doautor. Se o tivesse feito provavelmente teria, no dia em que me esqueci dolivro que estava a ler em casa, comprado a revista LER (a minha ideia inicial) emvez do livro “A Bala Santa” de Luís Miguel Rocha.
Há várias razões para não tergostado especialmente do livro:
·      O tipo denarrador irritou-me. Sabem aquele tipo de narrador omnisciente que passa a vidaa dizer-nos que mais tarde não sei o quê ou que a informação que estão a darafinal não interessa para nada? Pois, é desses. Não gosto. Um narradoromnisciente tudo bem, mas que não seja chato.
·      Demasiadospersonagens. Principalmente demasiados personagens sem nome. Funciona numfilme, em que reconheces o senhor da próxima vez que aparecer. Não funcionaaqui. E torna-se uma confusão. Este tipo de livre é, supostamente, de leiturarápida por isso não nos devia obrigar a pensar vezes sem conta em quem é quem.Depois parte dos personagens têm “nomes de código”. Juro-vos que me deu asensação de “espera aí que me dá jeito que afinal aquele gajo seja este”.
·      Muita parrae pouca uva: uma vez mais o tema tem tudo para ser interessante, mas acaba porser uma chatice. Passei a maior parte do livro a pensar, mas afinal isto nãoera sobre a morte do João Paulo II?
·      O autor,again, parece-me querer agradar a gregos e troianos. Agrada aos fiéis porque afé, a existência de deus não é, nunca, posta em causa. Agrada aos fanáticos dasconspirações, porque este livro é todo ele uma conspiração pegada. Agrada aosque consideram a Igreja uma nódoa. Agrada aos fãs do Papa. Agrada aos que nãosão fãs de Bento XVI (há lá umas farpazinhas, que não chegam a ser acusaçõesmas que ficam perto). Agrada aos que têm a certeza de que a impunidade e acorrupção são o mote que faz com a vida corra para a frente. Agrada aos que têma certeza que o Vaticano é um ninho de cobras. Acho mesmo que só não agrada àOpus Dei, mas agrada a todos os outros.
·      Demasiadoconfuso. A história é confusa, os saltos entre os vários tempos da ação também.Too much, too much. Este tipo de livros quer-se polémico mas simples. Leiturarápida.
·      Aquele finalé… surreal. A sério, só me deu vontade de rir. Nop, definitivamente não.
 E a verdade é que a maioriadestes pontos já tinha sido mencionada nas anteriores leituras de livros desteescritor. Por isso “mea culpa” que voltei a cair na esparrela. Mas é que eugosto tanto, tanto de livros sobre religião, conspirações e afins. São os meusguilty pleasures.
sinopse
Depois de surpreender o mundo comO último papa, thriller baseado na estranha morte do papa João Paulo l em 1978,Luís Miguel Rocha fisga mais uma vez os leitores com Bala santa, a continuaçãode uma história de conflitos, intrigas e mistérios dentro da Igreja Católica.Desta vez, o ponto de partida é maio de 1981, quando o papa João Paulo II sofreum atentado brutal no Vaticano. Em Bala santa, as dúvidas sobre os fatos semisturam com as respostas oferecidas pela imaginação do autor. O resultado éuma trama hipnotizante, que faz pensar: será esta apenas uma obra de ficção?

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