45 Feeling 83
Dizem que a idade que importa é aquela que sentimos cá dentro. E tenho que admitir que não sinto os 45 anos que faço hoje (escusam de me dar os parabéns, este post não está a ser publicado no dia do meu aniversário, foi escrito nesse dia mas agendado para uma data aleatória, sem qualquer significado). Como costumo dizer #45feeling83. Claro que depende dos dias, há altura que ainda me sinto com 16 mas 99% do tempo é mesmo com 83 e uma vida a pesar-me cada passo. Acho que nunca gostei do meu aniversário - não confundam com algum problema em ficar mais velha - isso incomoda-me bola) - desde pequena que é um dia triste. Mas pior que ser um dia triste é um dia em que tenho que fingir alegria. E eu detesto fingir alegria. Fiz muita questão que a maioria dos meus amigos se esquecesse da data, nunca publiquei a data do meu aniversário nas redes sociais e consegui depurar ao máximo os "parabéns" vazios de significado. Dar-me os parabéns já é um esforço consciente de muitos - desculpem, não são vocês, sou eu.
Nunca tentativa de fazer com que nunca mais tivesse que fazer um jantar de aniversário (uma vez uma grande amiga obrigou-me e passei todos o tempo a jurar a mim mesma que nunca mais iria fazer tal frete) decidi casar na mesma data - e agora tenho a desculpa perfeita para ir para fora neste dia. O universo castigou-me de tal forma que nem de lua-de-mel consegui ir. E no primeiro aniversário de casamento não chegámos ao comboio, uma gastroenterite (coisa que nunca mais entrou nesta casa) tratou do assunto. O que me deixa feliz é que o casamento se mantém há 14 anos (e nem sentimos o tempo a passar). Mas já não existem expectativas para comemorações. Aliás, há anos que nos recusamos a fazer marcações do que quer que seja, não há plano que funcione, preferimos apanhar o azar desprevenido.