Saga Joona Linna, de Lars Kepler
No Hipnotista conhecemos Joona Linna, o policia que tem a mania de ter sempre razão, o solitário por natureza, o bad boy para quem a hierarquia ou a opinião dos outros não tem grande valor. Mas Joona nunca desiste (ou quase nunca, vá) de tentar apanhar os maus da fita e de salvar as vítimas. Erik desistiu da hipnose há uns anos e tinha prometido nunca mais hipnotizar ninguem mas um miúdo, o único sobrevivente de um crime não consegue contar o que viu e Jonna convence-o a hipnotizar Joseph para tentar perceber o que é que o miúdo viu.
No Executor, Saga Bauer (há um certo cliché na beleza de princesa da Disney em Saga mas como eu a imaginei sempre como Saga da série The Bron, essa parte passou-me sempre ao lado) junta-se a Joona para desvendar uma série de crimes. Desta vez há um suícidio suspeito, e uma morte em alto mar. Este volume tem alguma política o que é sempre um ponto positivo. E tem a Saga e eu gosto da Saga.
A Vidente é interessante e põe-nos a pensar no que a mente é capaz de fazer. Traumas e conversas com mortos. Não é o melhor da série mas lê-se bem.
O Homem da Areia apresenta-nos, finalmente Joona. E Jurek Walker. Os crimes parecem mesmo os de Jurek e atingem um nível de maldade impossível de imaginar mas Jurek está preso na ala psiquiátrica há 10 anos. E foi Joona que o pôs lá. Talvez seja um dos melhores da série, este volume.
Stalker apresenta-nos Margot. Joona desapareceu e é Margot quem tem que descobrir quem anda a filmar e assassinar mulheres. Este livro marca o regresso de Erik, o hipnotista, à acção e não sendo dos meus preferidos lê-se bem.
N'O Caçador uma prostituta de luxo presencia um crime com contornos bastante estranhos. Joona está preso mas isso não é impedimento para lhe pedir ajuda quando a pessoa certa está em perigo. Saga e Joona, novamente juntos e claro, este é um dos meus preferidos.
Lazarus é talvez aquele volume de que menos gostei. Revirei bastante os olhos ao longo de boa parte do livro, clichés, clichés. Os erros que os nossos protagonistas cometeram foram daqueles de mudar vidas e nada ficou bem no fim. Valeu por isso.
O Homem-Espelho foi lido já em cansaço. Demasiados livros da mesma série seguidos mas gostei. Os crimes voltaram a atingir requintes de crueldade dignos de um livro (espero sinceramente que este tipo de merda não aconteça na realidade), Joona foi igual a si mesmo, rebelde, violento e pouco propenso a cumprir ordens. O meu coração sofreu pela (ausência da) Saga todo o livro.
Resumindo: das sagas de policiais/thrillers mais competentes que tenho lido, com maus muito maus, com protagonistas cheios de traumas para serem manipulados.