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Ler por aí

Ler por aí

21
Fev21

Isto tem tudo para ser um tema fracturante

Patrícia

Talvez não tanto como dobrar os cantinhos dos livros mas ainda assim este é, certamente, um tema que não gera consensos. 

Eu sou das que defende que ler deve ser mais que apenas lazer, que apenas prazer. Da leitura espero aprendizagem, diversidade, crescimento. E por isso faço muitas vezes um esforço consciente para diversificar as minhas leituras, para pegar em livros que não seriam a minha primeira escolha. E muitas vezes estes acabam por ser livros importantes na minha vida, boas surpresas e com potencial para se tornarem favoritos.

Deixem-me voltar atrás. A minha área conforto na leitura sempre foi a fantasia. Recomecei a ler fantasia quando descobri aquilo a que chamam fantasia épica. Claro que tinha lido - e adorado - Tolkien, o mestre, mas depois li muita treta que não me deixava satisfeita. A verdade é que poucos bons autores do fantástico têm sido bem tratados por aqui. Em 2008/9 li as crónicas de gelo e fogo a que se seguiu um novo hiato da boa fantasia épica. Foi com Sanderson que me reconciliei com este género. Tenho descoberto "novos" (para mim) autores e isso tem sido óptimo.

Mais um passo atrás para dizer que por cá se trata a fantasia como uma leitura juvenil e que eu já passei essa fase há muito tempo. Há mais mundo na fantasia que apenas os livros para miúdos.

Os últimos anos não têm sido fáceis e pegar num livro que não seja de leitura compulsiva e que me permita viajar para fora de mim tem sido mais difícil do que alguma vez pensei. E por isso a leitura tem sido aquilo que tenho precisado: um escape, um conforto. 

E não há mal nisso porque  a leitura também é isso, uma salvação. Mas anseio pelo dia em que me vai apetecer e que tenha a capacidade e a disponibilidade mental para ler algo mais exigente. Porque isso também é importante. 

 

18
Fev21

Quando tiver tempo

Patrícia

Hei-de vir escrever sobre o Rhythm of War, tenho tanto para dizer. E há um post na minha cabeça sobre a ânsia que temos de chegar ao fim de livro que nos entusiasma. E outro sobre o quão bom é ler o que nos apetece mesmo que na nossa cabeça achemos que devíamos estar a ler algo diferente. E um sobre a merda que é Portugal não ter quase nada publicado de um dos grandes autores de fantasia épica do momento. E um sobre o quanto gosto de começar o dia a ler e a beber um café antes de trabalhar. 

Hei-de vir aqui contar-vos tudo quando tiver tempo. Não sei é quando é que isso vai acontecer. 

 

04
Fev21

presente do indicativo

Patrícia

Nem todos os dias são dias fáceis.

Há dias em que a perspectiva de continuar assim durante tempo indeterminado é demasiado avassaladora para permitir que continue a sorrir e a fingir que está tudo bem, tudo óptimo e que nada disto me afecta muito. É verdade que na maioria dos dias, naqueles em que consigo pensar apenas no presente do indicativo, "tiro isto de letra" que é como quem diz, consigo perceber a sorte que tenho no meio desta merda toda (desculpem lá mas não me apetece chamar-lhe outra coisa). Mas hoje apetecia-me pensar no futuro, e já nem importa se era no futuro do presente do indicativo ou no condicional. Eu sei que o grande problema é que dormi pouco e tenho um sapo ainda para digerir e está a ser difícil e nestes dias só me apetecia fazer como o bicho da conta e enrolar-me numa bolinha pequenina.

Mas mesmo nos dias mais negros há coisas que nos fazem sorrir... como os bichinhos de conta. Não me lembro da última vez que vi um. Mas lembro-me da primeira. Era uma noite de verão e eu, com uns 4, 5 anos no máximo,  encontrei-o, enrolado numa bolinha. Peguei-lhe, fui a correr mostrar à minha mãe e, ao estender a mão, o bicho perdeu o medo e pôs-se a passear pela minha mão.

Não, não sorriam, que a história ainda não acabou.

Uma lagarta (com o bonito nome de bicho de conta) pôs-se a andar na minha mão e eu fiz aquilo que qualquer pessoa racional fazia perante tal ataque: atirei-o ao chão e pus-lhe um pé em cima.

Eu criei cães, gatos, pássaros, lagartixas, cágados, camaleões, ouriços e peixes; brinquei com ovelhas e cabras; apanhei gafanhotos, salvei várias aranhas, osgas e cobras, gosto de todos os animais excepto de lesmas (que são nojentas) mas, aos 5 anos, assassinei um bicho da conta porque ele me fez cócegas na mão. 

(afinal, pensar no pretérito perfeito também ajuda ...)

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