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Ler por aí

Ler por aí

30
Jul19

Como acalmar um neurónio amalucado*

Patrícia

Sabem aquelas alturas em que o cansaço é grande, têm finalmente tempo para dormir (uma das melhores coisas do mundo)  mas os vossos neurónios estão em modo "piolho nervoso" e precisam de algum trabalho ou entram em ressaca com sintomas de abstinência? (juro que isto me acontece regularmente)

As melhores formas de desabituar os neurónios e lentamente os levar a ter um comportamento normal em vez de um comportamento de excitação exagerada são ler e ver TV. 

É nessas alturas que leio livros "pastilha elástica" e vejo ou revejo séries de TV como se não houvesse amanhã.

Escolher um livro para estas alturas é bastante mais difícil e complicado do que um não-leitor poderia pensar.

Por um lado não pode ser um livro muito exigente - nada de Virginia Woolf ou Gonçalo M. Tavares (nenhum deles ajuda os neurónios a acalmar, geralmente o efeito é o contrários e eles - os neurónios - entram em modo "viciados em trabalho"). Também não pode ser um livro muito básico ou mauzinho -nada de YA manhosos ou livros juvenis (porque aí os neurónios sentem-se enganados e entram em modo vingativo combinado com sintomas de abstinência e isso é perigoso). 

Comigo geralmente um (médio/bom) livro de fantasia funciona. Ou um Thriller. Claro que há que ter cuidado porque se o livro de fantasia for mau o resultado não é bonito...  

Com as séries é ligeiramente mais fácil - as más séries de TV sempre tiveram o dom de me ajudar a limpar a cabeça, que é como quem diz, adormecer metade dos meus neurónios.

E vocês, que tipo de livros vos ajuda a descansar?

 

* Ou "eu não estou boa da cabeça mas isto passa"

 

 

 

24
Jul19

ponto de situação

Patrícia

Voltei de férias (acabei o As crianças invisíveis, da Patrícia Reis; li Essa Puta tão distinta, do Juan MarséUma Morte Conveniente, de Sofie Sarenbrant; um livro mistério de que vos falarei nos próximos tempos - e que adorei). Entretanto comecei e acabei o Eliete, da Dulce Maria Cardoso e já me atirei de cabeça para o Norse Mythology do Neil Gaiman e ainda comecei o Maus  de Art Spiegelman (estou a fazer um enorme esforço para ler este devagar). 

Bem... já perceberam que ando a mil à hora, que trabalho o dia inteiro e ainda depois disso, não é? Sempre que estou nestas loucuras de trabalho leio bastante. Não me perguntem como, isto é coisa que sempre me aconteceu, deixo de conseguir descansar como deve ser, entro em modo non-stop e aproveito todos os minutos para ler. Desde que a coisa não se prolongue por muitas semanas, isto faz-se sem grandes stresses. 

A leitura ajuda-me sempre nestas fases e fico cheia de vontade de ler fantasia - daí ter pegado no Norse Mithology. Diz que era uma vergonha nunca ter lido Neil Gaiman!

Por estranho que pareça, tenho conseguido encaixar as leituras nos passatempos e isso já me rendeu um abraço da Maria João e participações (mais ou menos) interessantes nos passatempos livrescos que por aqui andam.

Ah e ando  a ver a terceira temporada do La Casa de Papel. Não está mal, não senhor. 

Mas Dark que vi há umas semanas é que me encheu as medidas. Aí está uma série que devem espreitar. Peguem em papel e caneta e atrevam-se a ver uma série diferente. Muito boa mesmo.

Boas leituras e um excelente verão!

14
Jul19

O que vende um livro?

Patrícia

Todos nós, leitores, sabemos responder a esta pergunta.

Depende

Pois. Depende de vários factores, não é?

Uns dirão que, definitivamente, o preço tem que ser levado em conta, outros afirmarão que a qualidade é fundamental, todos concordaremos que a publicidade que lhe é feita é determinante e é, provavelmente, o factor decisivo para se vender pouco ou muito, para dar ou não o salto para além-fronteiras

Este post não foi propriamente pensado, nasceu de duas situações distintas.

Ontem, no grupo de leitura, a meio da conversa, disse qualquer coisa do género: "há quem avalie um livro mesmo sem o ler, principalemten se for de determinados escritores". Hoje, vi uma reportagem no Jornal da Tarde da SIC (salvo erro) sobre o novo livro do escritor Alberto S. Santos (Amantes de Buenos Aires).  

Vou já admitir: eu sou capaz de recomendar um livro sem o ter lido. Mas não sou capaz de dizer que é bom ser o ter lido. Sou capaz de generalizar - recomendo à partida todos os livros* da Chimamanda Ngozie Adichie e do Brandon Sanderson e sei que não tenho interesse em pegar em nenhum livro da E.L James, por exemplo. Mas não consigo dizer se o "Coisa à volta do teu pescoço" é um 4 ou 5 estrelas. 

E sim, eu compro, à confiança, livros de determinados escritores. Aliás, quando eu gosto de um escritor faço os possíveis por ler todos os seus livros. Foi assim com a Enid Blyton, a Agatha Christie, a Marion Zimmer Bradley e mais recentemente a Chimamanda e o Sanderson, entre tantos outros.

Mas para gostar e me tornar leal a um escritor tenho que o conhecer, ou seja, tenho que me interessar o suficiente para comprar um seu livro (ou ir à biblioteca procurar um). E isso só acontece quando há publicidade eficiente.

E sim, eu vejo algumas coisas nos blogs e canais que me levam a comprar livros, não rejeito essas plataformas e a sua importância na divulgação da literatura. Também reconheço a enorme importância do boca-a-boca que é ainda maior do que a dos blogs e canais (basta ter em consideração a quantidade de leitores que não faz puto de ideia de que existem canais e blogs sobre livros).

Mas haverá algo que bata uma reportagem em horário nobre? Ter a Cristina a falar de um livro ou ter uma reportagem no jornal da noite deve fazer aqueles livros venderem como pãezinhos quentes. Pena é que tão poucos livros e escritores tenham essa oportunidade. 

*propositadamente vou apenas considerar escritores estrangeiros

 

 

 

13
Jul19

Direitos dos leitores (parte 13): não falar sobre livros

Patrícia

Ando aqui há umas semanas (ou meses, já nem sei) a esforçar-me para arranjar tempo e vontade (é sempre mais vontade que tempo o que nos falta, não sejamos hipócritas) para vir aqui ao blog escrever as opiniões dos livros mas, às tantas, lembrei-me que um direitos indiscutíveis de cada leitor é ... não partilhar as suas leituras.

E é esse direito que aqui invoco e que vai marcar este blog nas próximas semanas (quiçá meses). Vou abrandar nas opiniões. Eu até ando a ler alguma coisa e vou tentar ir pondo aqui qualquer coisa acerca disso, nem que seja apenas uma foto e um ou outro comentário mas não me vou esforçar por escrever opiniões.

Se estiverem interessados podemos sempre trocar umas impressões nos comentários, estejam à vontade. 

Vou tentar (e tentar é mesmo o termo certo, sem qualquer género de promessas) vir aqui escrever qualquer coisa, variar no tipo de texto, sei lá, escrever o que me apetecer, se e quando me apetecer... no fundo exactamente como tenho feito sempre...excepto nas opiniões, essas vão escassear.

Para já leio o Eliete, de Dulce Maria Cardoso, mas estou muito no início, ainda não tenho opinião formada.

Recomendo o As crianças silenciosas, da Patrícia Reis e a opinião desse há-de sair, que já está meio escrita nos rascunhos deste blog. 

E vocês, que livros vos encantaram neste verão? Andam a escolher bem as vossas leituras?

 

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