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Ler por aí

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28
Mar18

Sugestões à Quarta: As minhas sugestões do YouTube

Patrícia

O mundo dos livros não se faz só de palavras escritas. Conversar sobre livros é maravilhoso, que o digam todos aqueles que têm a sorte de pertencer a um grupo de leitores ou que têm amigos que lêem os mesmos livros que nós. Ouvir falar de livros também é bom. E por isso os canais de youtube são um óptimo veículo para falar de livros.

Deixo-vos aqui a minha selecção de canais, por ordem alfabética. Estes são aqueles a que volto sempre, que acompanho mais de perto.

A Cabeça do Ned – Para os fãs de Game of Thrones aqui fica a versão vídeo de um podcast que acompanhou todos os episódios das série. Eu oiço em podcast e está neste momento em stand-by à espera da próxima temporada.

A Miúda Geek – Para quem gosta de romances históricos clássicos ou literatura portuguesa. Ide ouvir a Elisa, vá.

Abstração Colectiva – Um dos meus canais brasileiros preferidos, de onde tiro imensas sugestões de leitura. Gosto especialmente da análise aos livros da Úrsula K. Le Guin.

Aprendiz de Leitor – O Hugo, sem o saber, foi o responsável por uma das minhas últimas compras. Gosto especialmente das opiniões longas e bom fundamentadas.

Books & Movies – A Dora é impagável. Sem dúvida a melhor comunicadora do Book Tube Português. Apesar de não lermos, na maior parte das vezes, o mesmo tipo de livro acabo sempre por voltar e divirto-me horrores com os vídeos dela.

Jardim de Mil Histórias – A Isaura é a miúda mais doce do Book Tube Português e também lê muito. Os vídeos de opinião são sempre bons mas quando fala de livros infantis torna-se especial.

Legendarium Podcast – Cosmere, Brandon  Sanderson, Stormlight Archives. Preciso dizer mais? Para quem gosta de fantasia e dos livros do Brandon Sanderson, este é O canal. Eu oiço em podcast há bastante tempo mas fiquei feliz quando começaram a gravar em vídeo. Basicamente é o canal com o qual me identifico mais e é o que, tivesse eu tempo e companhia, gostava de fazer (em versão podcast, claro).

The holy reader – A Carolina lê muito e é muito expressiva. Um dos canais onde encontro sempre boas recomendações.

VevsValadares – A culpada por eu ter descoberto o maravilho Jonathan Strange & Mr. Norrel. E por algumas das melhores análises literárias que já ouvi. Devia ser de visualização obrigatória para quem faz vídeos de opinião. Ou para quem gosta de ler e se quer divertir.

Words of a reader – No outro lado do mundo lê-se e tem-se Conversations over coffee. Gosto imenso desta rubrica desta miúda.

E sim, eu sei que há muitos mais canais interessantes. Esta é apenas a minha selecção de hoje.

23
Mar18

Um livro por escritor ou um escritor e muitos livros?

Patrícia

Sou, desde sempre, uma leitora de "escritores". Quando gosto de um escritor procuro sempre (quase) todos os seus livros. Há quem diga que prefere ler muitos livros de escritores diferentes que muitos livros de um só escritor. Respeito mas não compreendo. 

Eu sou uma leitora fiel. E gosto de ter "por ler" livros de que sei que vou gostar. Mais do que "gostar" a verdade é que preciso disso. Há alturas em que é preciso "voltar a casa", à zona de conforto. Eu gosto de conhecer novos escritores mas gosto muito mais de ler livros novos de escritores que amo (felizmente não tenho que escolher uma ou outra coisa).

Há sempre o perigo de enjoar. De nos desiludirmos. De um dia dizermos: "chega, não leio mais nada deste escritor". Aconteceu-me com vários, para dizer a verdade. Há escritores por quem tenho muito carinho, foram importantes algures no tempo, gostei muito de alguns dos seus livros mas que dificilmente voltarei a ler (incluo aqui, por exemplo, a Juliet Marillier, a Anne Bishop ou o Christian Jacq). Quando sinto que estou sempre a ler o mesmo livro, mas com roupagens diferentes também está tudo estragado: por mais que goste, desisto (é o caso de Afonso Cruz - acho que só voltarei a pegar nos seus livros daqui a muito tempo). 

Mas depois há uma lista imensa de escritores de que quero ler tudo ou quero, pelo menos, ter todos os seus livros para ir lendo.

Não gosto da sensação de não ter mais nenhum livro novo de um escritor de quem gosto para ler. Aconteceu-me com a Marion Zimmer Bradley, por quem me apaixonei com a Brumas de Avalon e de quem não tenho mais nada para ler (não sou fã das Darvover novels). E é por não gostar desta sensação que leio com muita parcimónia os livros da Rosa Lobato de Faria. Estão ali na estante e são livros para "as ocasiões", são livros conforto. 

Entre os escritores dos quais quero tudo estão, claro, a Maria Manuel Viana, o Gonçalo M. Tavares, o Brandon Sanderson, a Ursula K. Le Guin, o Carlos Campaniço, o José Saramago, a Jane Austin, o Rui Zink, o Richard Zimler, o Murakami e os escritores de que sou, mais que leitora, uma (espécie) de amiga como o Nuno, a Márcia, a Carla, a Ana... 

Terei vida para ler tudo isto? Não faço ideia, até porque a lista é bem maior do que esta e tem tendência a crescer exponencialmente. Mas se é verdade que posso não ter vida para ler tudo, também é verdade que vai ser uma vida muito bem aproveitada.

 

 

 

20
Mar18

Precisamos falar sobre a Shallan

Patrícia

O seguinte texto contém spoilers para os livros Way of Kings, Words of Radiance e Oathbringer mas tenho mesmo que falar um bocadinho sobre isto.

 

 

 

No WoK os capítulos da Shallan eram os que menos me interessavam.  O livro Words of Radiance é, teoricamente, o livro da Shallan, onde conhecemos o seu passado, onde a sua relação com o Pattern é desenvolvida. Mas nem aí a Shallan me convenceu a 100%. Adoro o Pattern desde o primeiro minuto mas Shallan nem por isso. Claro que a Shallan lullaby ainda me dá arrepios (a minha versão favorita é o vídeo aí em cima) e naquela altura o meu interesse pela miúda subiu vertiginosamente (não sei o que isso diz de mim). A Shallan é responsável por alguns dos momentos mais divertidos destes livros (a conversa dela com o Adolin no restaurante ainda me dá vontade de rir) e é precisamente assim que o Oathbringer começa.

“No mating” será sempre uma expressão que me vai fazer dar uma gargalhada (já vos disse que adoro o Pattern?).

Confesso que não estava preparada para ficar ansiosa pelos capítulos da Shallan e para ela se tornar (destacada) a minha personagem favorita dos Stormlight Archives.

A profundidade que o autor deu a esta personagem é impressionante. Eu sofro com a Shallan. O meu coração fica apertado pelo sofrimento dela. A miúda vive com um pé (ou os dois) na loucura.

Não sei o suficiente sobre o transtorno dissociativo de personalidade para saber se está bem representado na personagem mas estou a aprender imenso.

A Veil e Radiant estão ambas conscientes da Shallan e esta de ambas mas estarão elas conscientes uma da outra?

Será a Shallan a personalidade dominante? Se sim, porque é que ela não se lembrava da infância? Para já (início da parte 2 do Oathbringer) inclino-me para a teoria de que a scholar Shallan que conhecemos do WoK ser a personalidade que a Shallan criança criou para sobreviver aos eventos que conhecemos no WoR. Ora isso leva-me a questionar quem é realmente a Shallan.

 

12
Mar18

Jane Eyre, de Charlotte Brontë

Patrícia

jane eyre.png

 

A história que este livros nos conta é por demais conhecida, não vou por isso falar dela. Acredito que todos conhecemos, de uma forma ou de outra, nem que seja por ouvir falar, o amor entre Jane e Mr Rochester. Eu li uma versão juvenil deste livro quando era miúda e durante muito tempo acreditei ter lido a versão original (aconteceu-me o mesmo com o Mulherzinhas).

Se por um lado, conheci cedo e cedo me apaixonei por muitos clássicos da literatura, a verdade é que não gosto das versões juvenis. No meu caso sei que teria tido capacidade e tempo para ler o livro original. Crescendo antes do tempo da internet e da facilidade de comunicação e partilha de informação de hoje, sem acesso a bibliotecas (ainda sou do tempo da biblioteca itinerante passar lá na aldeia mas até isso acabou cedo) , fui-me abastecendo nas estantes da família (e que sorte tive neste aspecto), nas raras passagens pela Bertrand da rua de Sto Antónia em Faro (a minha versão infantil de paraíso) de onde nunca saí sem um ou dois livros e graças aos presentes de família e amigos. Li sem supervisão e com toda a liberdade dentro do meu próprio universo. E esse universo tinha quase todos os clássicos juvenis verbo.

Esta (re)leitura encantou-me. Gosto de reler e a impressão, bastante positiva que tinha, que "a paixão de jane eyre" me tinha deixado em criança foi claramente suplantada. 

Todo o ambiente "gótico" do livro me encantou. O frio, o silêncio, o nevoeiro que se sente nas páginas deste livro contrasta com a força e cor da personagem principal. Rochester é para muitos um dos favoritos (eu serei sempre da equipa "Darcy") mas foi Jane que me encantou. E Charlotte Brontë também.

Obviamente a critica social e religiosa está presente, muito presente neste livro. A forma como a relação com Deus tem um papel central neste romance é muito interessante (não é possível esquecermo-nos que o livro foi publicado pela primeira vez em 1847) e que criticar  e expor de forma tão aberta a hipocrisia da igreja era muito mais difícil na altura que hoje.

Ainda assim, foi a vertente feminista que me interessou mais. Na verdade foi a vertente pessoal que me interessou mais. Jane Eyre tornou-se uma das minhas personagens preferidas.

Dizia eu que este é um romance feminista, onde Jane e Edward são apresentados lado a lado, onde a força moral dela é claramente o centro da história. Jane nunca se trai. Acima de tudo, Jane nunca se trai a si mesma. Podemos não concordar com as suas escolhas, podemos (à luz da sociedade moderna) achar uma tolice as escolhas dela mas como não admirar a força de carácter de alguém que escolhe sempre não se trair? De alguém que decide por si mesma, assumindo erros da mesma forma que assume vitórias. 

Numa época em que somos, todos os dias, manipulados e em que o nosso comportamento é condicionado e padronizado, é bom ler um clássico, um livro escrito há tantos anos e cuja mensagem principal é "decidam por vocês, mantenham-se fiéis a vós mesmos. 

 

09
Mar18

Os vários formatos dos livros

Patrícia

Tive o privilégio de ir à apresentação do livro "Todos os dias são meus" da Ana Saragoça e de ouvi-la ler-nos o primeiro capítulo deste livro. Como se isso já não fosse o suficiente ainda ouvi dois actores (João Ascenso e Ricardo Karitsis) a interpretar um outro capítulo do livro. Uma maravilha.

Fiquei a pensar que seria delicioso ter a versão áudio daquele livro. Podia ser na voz da Ana ou daqueles actores. Até a filha da Ana, que me ouviu dar esta sugestão, percebeu o potencial da coisa e disse logo que queria dar voz a uma das personagens.

Neste país isto é, provavelmente, um sonho irrealizável. E isso entristece-me. Saber que que não temos mercado para áudio-livros, que mal temos mercado para livros em formato electrónico, entristece-me. 

Entristece-me que os vários formatos - que não o físico - para livros sejam tão maltratados. O conteúdo, o texto, as palavras, são o livro. O formado é apenas o veiculo através do qual chega aos leitores. 

Ouvimos histórias na infância, ouvimos declamar poesia, vamos ao teatro... mas não ouvimos áudio-livros porque o que gostamos mesmo é "do cheiro das páginas". 

Todos os leitores - todos - se queixam do tempo que lhes falta para ler. Muitos leitores já descobriram que aproveitar o tempo no carro ou nas tarefas da casa a ouvir um livro é óptimo. Mas áudio-livros em Português é coisa rara. Comprar áudio-livros em Português é quase impossível. Ou não há ou têm preços proibitivos.

Mas é uma pena porque ter este livro em versão áudio era tão mas tão bom.

 

07
Mar18

Sugestões à Quarta: Literatura Feminina

Patrícia

Já sabem que sou fã do Biblioteca de Bolso e que é, sempre, um dos podcast que sugiro aos leitores. Ainda assim não é por acaso que hoje a sugestão é esta.

Amanhã assinala-se o Dia Internacional da Mulher, um dia que não pretende celebrar o ser-se mulher, o sexo feminino ou maravilha que é parir, ter mamocas ou usar batom. Não é, da mesma forma, o dia certo para me oferecerem uma rosa. Eu adoro receber flores... excepto neste dia. 

O dia Internacional da Mulher é um dia triste. É um dia que é, infelizmente, necessário porque a MGF ainda é uma realidade, porque ainda há meninas que, por terem nascido com vagina, não podem ir à escola, não têm direitos, não são donas do seu próprio corpo ou da sua vontade. 

O dia Internacional da Mulher é um dia triste. Confesso-vos que, para mim, é um dia cada vez mais triste porque a cada ano que passa percebo melhor a sua necessidade.

Vivemos numa época em que se fala cada vez mais, mas não melhor, acerca de feminismo. Numa época em que se diz, com orgulho, que não se é feminista. Vivemos numa época em que se inventou um palavrão pegando nas palavras "feminista" e "nazi". Vivemos numa época em que a regressão da sociedade parece estar a acontecer e ser imparável. 

Na Literatura há cada vez mais mulheres. A esmagadora maioria dos leitores são mulheres. Mas ainda se fala de "literatura feminina" como um género. E um género menor ainda por cima. Não sei o que é literatura feminina (ou vou fingir que não sei a que se referem) e vou dizer-vos que se literatura feminina é o que as mulheres lêem, então eu gosto literatura feminina. E que se literatura feminina é o que as mulheres escrevem... então devo assumir que sou absolutamente fã de literatura feminina. 

Este episódio da Biblioteca de Bolso tem muitas mulheres de talento. Tem a Inês Bernardo (que juntamente com o Mário Silva teve a ideia e conduz estas conversas), tem a Filipa Leal, a Sylvia Plath, a Adília Lopes e a Clarice Lispector. Tantas mulheres interessantes que ajudam a dar páginas e voz à literatura feminina.

 

 

01
Mar18

Sugestões à Quarta e Opinião: Todos os dias são meus, de Ana Saragoça

Patrícia

Todos os dias são meus.jpg

 

Há 3 anos escrevia, sobre o Todos os dias são meus, da Ana Saragoça, o texto abaixo. Hoje, assim num misto de opinião de segunda e de sugestão à quarta (sim, eu sei que hoje é quinta-feira), trago-vos a notícia que este maravilhoso livro está de volta às livrarias com uma nova capa (e que maravilhosa é!) a partir de 06 de Março. 
 
E depois de descobrirem a Ana Escritora, descubram a Ana actriz (o texto também é dela) e vejam a peça A mãe da Noiva.

cartaz51962.jpg

 

 
 
O truque é escrever o suficiente para vos acicatar a curiosidade e vos fazer ir procurar, comprar e ler este livro mas escrever apenas esse suficiente. Porque expectativas elevadas são o que mais estraga a leitura de um livro. E este livro merece ser apreciado e acarinhado. Por isso estão a ver o meu problema, não é?
Não vos quero estragar a leitura e contar-vos demais, não vos posso falar da ex-porteira cusca todos os dias que tem um cão que enjoa no elevador, mas só para baixo que para cima não há crise,  Não vos posso falar do engenheiro com dois filhos que também gostam de brincar no elevador onde, por acaso, morreu uma miúda sobre quem toda a gente tinha uma teoria mas que ninguém conhecia realmente.
Não vos posso contar que nestas pouquíssimas páginas se esconde um retrato hilariante de tanta gente que conhecemos e uma tristeza imensa, que faz doer a alma.
 Não vos posso contar tanta coisa... porque quem ler este livro merece ser surpreendido como eu fui e apreciar a leitura da primeira à última página.
Mas pronto, posso dizer-vos que este é um policial, que tem um toque de comédia, negra mas comédia. Mas que também tem um toque de solidão, de desespero. 

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