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Ler por aí

Ler por aí

23
Fev18

"Diz-me o que lês e dir-me-ás quem és"?

Patrícia

A frase é um dos motes do A Biblioteca de, que vos sugeri na quarta-feira e deixou-me a pensar se realmente assim é.

A ideia é maravilhosa, confesso. Conhecer alguém pelo seu gosto literário, pela sua estante. Quem nunca achou alguém bem mais interessante porque ele ou ela estava com um bom livro nas mãos ou se desiludiu porque descobriu que esse alguém estava a ler algo que consideras um péssimo livro?

A verdade é que qualquer pessoa fica mais bonita com um livro na mão. Eu pelo menos acho que sim. Há dias partilhei no meu FB uma frase qualquer que dizia: I'm suspicious of people who don't like books. A verdade é que conheço imensas boas pessoas que não gostam de ler. Mas nunca conseguirei partilhar com elas tudo o que sou porque a minha paixão pela literatura é uma parte substancial do que sou.

Mas voltando à frase "diz-me o que lês e dir-me-ás quem és", até que ponto é mesmo assim? Ou melhor, eu acredito que seja assim... não acredito é que isso seja assim tão perceptível para os outros.

Primeiro há a questão de parecer bem. Não é por acaso que se diz que Ulisses é um livro que não tão lido como dizem (mas é o "livro de cabeceira" de tanta gente) ou que O deus das pequenas coisas é um dos best-sellers menos lidos. A maioria das pessoas filtra aquilo que mostra de si aos outros, procura mostrar o melhor. E também isso acontece no que aos livros diz respeito. Raramente mostramos os nosso guilty pleasures (e se mostramos, não o são realmente, pois não?).

Depois há a questão dos gostos pessoais. Não só de quem lê mas de quem julga. Eu leio fantasia. Para boa parte das pessoas sou catalogada como leitora mediocre e há quem tivesse a esperança que com a idade esta mania de gostar de dragões e mundos imaginários me passasse (para que conste, não passou, agravou-se). Para outros demonstra que precisamente o contrário. 

A fantasia estimula a minha imaginação, permite-me passar para lá dos limites do real, permite-me fugir para outro mundo. Leio mais fantasia quando estou triste, preocupada, com medo. Leio fantasia para que o meu cérebro se distraia dos problemas. Mas também leio fantasia porque a fantasia é tão mais do que dragões e magia. A fantasia permite que qualquer tema - qualquer tema - possa ser desenvolvido, dissecado, sem que o leitor sequer disso se aperceba. Mas quando se apercebe... oh senhores, quando nos apercebemos disso e percebemos que alguma da boa fantasia que por aí anda se aproxima muito da filosofia e da análise das perguntas que mais perturbam a humanidade, percebemos que este género é um dos mais mal-compreendidos que por aí anda. Além disso é divertido. 

Ainda há a questão do tempo: nem toda a gente tem tempo de qualidade para dedicar à literatura. Há tanta coisa na vida que nos impede de mergulhar num livro. É pena, é uma chatice, mas a verdade é que sempre ouvi dizer que o urgente impede de fazer o importante. Life sucks e não há nada a fazer.

Há inúmeras outras condicionantes para a leitura: o dinheiro, o acesso a bibliotecas, as leituras obrigatórias para o trabalho, a falta de informação (acreditem, nem toda a gente tem internet ou acesso ao goodreads  e não há marketing que lhes dê a conhecer a maioria do que por cá se publica).

Portanto: "Diz-me o que lês e dir-me-ás quem és"? hummm, mais ou menos... sim ou talvez não.

O que acham?

21
Fev18

Sugestões à Quarta: A biblioteca de...

Patrícia

É o novo programa da Rádio Renascença, um programa de leituras e de leitores... 

Apresentado por Filipa Martins e Rui Couceiro apresenta-nos em apenas 15 minutos um leitor, a sua biblioteca e um livro. 

No primeiro programa é dada voz a Eduardo Lourenço e em apenas 15 minutos ficamos deliciados a ouvir as suas histórias e o quão o Vermelho e o Negro, de Stendhal, o marcou. Ouvir este homem ler um excerto deste livro é fenomenal.

Hoje a convidada é Aldina Duarte. Que livro nos trará ela?

a bilioteca de.PNG

Na rádio, às 23h de quarta-feira, na internet ou, como eu oiço, em podcast, vale a pena ouvir este A biblioteca de...

 

19
Fev18

O Mago: Aprendiz, de Raymond E. Feist

Patrícia

o mago - aprendiz.jpg

 

Depois de me ter sido aconselhado várias vezes, decidi pegar neste livro numa altura em que estava a precisar mergulhar num outro mundo.

De uma forma geral gostei qb deste livro.

A construção do mundo, que geralmente é a minha parte favorita num primeiro livro de uma saga do fantástico deixou um bocadinho a desejar - a óbvia inspiração no universo de Tolkien não é surpreendente mas desilude. Os anões, os Elfos, os Humanos são claramente iguais aos de Tolkien com isso perde-se a magia de entrar num mundo diferente. Até porque qualquer comparação com a terra média é injusta para qualquer livro - não há menor hipótese de superar Tolkien.

Gostei bastante dos personagens, o Pug e Tomas têm o necessário para se tornar marcantes e manterem-me interessada na história. Vou querer saber que tipo de mago é, afinal, o Pug e em que tipo de homem se vai transformar Tomas. Algo me diz que Tomas terá que lutar a sua própria para resistir ao poder que lhe foi dado de mão beijada e que talvez não seja tão inócuo quanto isso.

Este é, claramente um livro de apresentação. O mundo foi apresentado, o tabuleiro está montado com cada peça no seu lugar e o jogo vai começar no segundo volume. Até perceber exactamente quais são os desafios de cada personagem, o quão imaginativo e inovador o autor é (e até agora o escritor não me convenceu nesta parte), não vou conseguir gostar desta série como tanta gente parece gostar.

Acho que gostei apenas o suficiente para lhe dar mais uma oportunidade.

16
Fev18

A teoria dos 3 níveis numa história

Patrícia

Não é propriamente uma novidade. Todos nós, leitores, percebemos que há vários tipos de livros, vários tipos de histórias, que perceber as várias camadas de um livro é o que de mais interessante nos pode suceder numa leitura.

Tal como vos disse na quarta feira esta teoria é dos meninos do The Legendarium (que têm até um episódio que lhe é totalmente dedicado) e eu acho-a bastante interessante.

Basicamente referem 3 tipos de história/momentos: o primeiro nível, o mais superficial, é o da história em si. Um livro totalmente nível 1 contar-nos-á uma boa história, permitir-nos-á passar umas horas divertidas mas não nos acrescentará nada à vida, não nos fará sequer pensar ou reflectir, muito menos evoluir ou crescer. 

O segundo nível será uma história (ou momento na história) com conotações políticas, sociais, de crítica aos sistemas em vigor, etc. O tipo de livro que nos faz parar para pensar um pouco no que nos rodeia. 

O nível 3 será um pouco mais profundo, far-nos-á reflectir, irá ao âmago do que somos, de quem somos. Basicamente caem neste nível as grandes questões da humanidade, as relações com os outros, questões de fundo, de valores.

Claro que estes níveis acabam por ser diferentes para cada um. O que aqui escrevi já reflecte mais a minha posição do que a deles e certamente será diferente da vossa.

Independentemente de usarmos esta ou outra escala, esta teoria mantém-se para cada leitor.

É interessante pensar um livro consegue ser um puro nível 1 e que funciona lindamente mas que qualquer um dos outros níveis de história só funciona se estiver combinado com uma boa história. 

Acredito que haja leitores para quem o nível 1 é mais do suficiente, que seja isso apenas que procuram: uma boa história. Nada de problemático aqui. Eu, pessoalmente, cada vez procuro mais livros com várias camadas. Livros que me obriguem a pensar. 

Mas tenho que admitir que o melhor mesmo é quando um livro é transversal a todos estes níveis e permite que cada leitor mergulhe naquela história de maneira individual e que, mesmo sem dar conta, se questione, questione o mundo em redor. Esse é o grande poder da literatura. Esses são os momentos nível 3 que fazem com que um livro, um autor, se torne especial.

Boas leituras

 

 

14
Fev18

Sugestões à Quarta: The Legendarium

Patrícia

A sugestão desta semana é dirigida em especial aos fãs de fantasia.

O podcast The Legendarium é um dos meus favoritos por estes dias. Descobri-o quando andava à procura de material sobre Cosmere e os livros do Brandon Sanderson e fiquei fã. Vale também a pena ouvir os episódios sobre os livros da série do Robert Jordan (A roda do tempo) e Tolkien.

Na próxima sexta-feira hei-de escrever sobre o que eles chamam de "The Three Levels of Story".

Acima de tudo ouvir este podcast é perceber que o género do fantástico é muito mais do que o que habitualmente julgamos. Apesar de serem geralmente classificados como histórias do nível 1 têm imensos momentos de nível 2 ou 3.

 

 

12
Fev18

Pecados Santos, de Nuno Nepomuceno

Patrícia

cp_pecados.jpg

 Nuno, 

Já tive oportunidade de te dizer: isto não se faz. Não se constrói um personagem, não se lhe dá vida, cor, voz e depois deixa que isto lhe aconteça. Ao longo das páginas dos livros de um escritor vamos criando expectativas, sabemos com o que contamos e sabemos que os heróis têm determinadas características e sobrevivem, tal como sabemos que determinado escritor é mais ou menos sádico com os seus personagens. E tu não és assim, ok? Tu não matas indiscriminadamente desta forma. Arre...

 

O professor Catalão bem tenta fugir das confusões do presente e dos acontecimentos traumáticos do passado mas, como acontece regularmente nas histórias que valem a pena ser contadas, nem sempre isso é possível.

Uma mulher do passado de Afonso pede-lhe ajuda para inocentar o filho que está preso em Londres como suspeito pela morte do rabino Samuel. Diana, em Lisboa, investiga uma morte e tenta provar a sua ligação com a morte em Londres. Bem, na verdade quem está encarregue da investigação é Alexandre, o já nosso conhecido inspector da judiciária e Alice, uma fascinante psicóloga criminal que é chamada para dar uma ajuda. 

Um thriller religioso. Mais um livro do Nuno Nepomuceno, que já nos habituou ao seu estilo e às suas personagens. Afonso Catalão, que não é bem um herói, que não o pretende ser, continua a dar-nos lições sobre as religiões do livro. No A célula adormecida, o Islamismo estava no centro da trama. Aqui, neste Pecados Santos, é o Judaísmo a religião central. 

Vocês já sabem que gosto sempre dos livros do Nuno e este não é excepção. Aliás, a verdade é que tenho gostado cada vez mais dos livros dele. O tema ajuda, gosto especialmente de thrillers religiosos e interesso-me mais pelo judaísmo que pelo islamismo. Este é um livro que se lê muito rápido, queremos saber sempre o que vai acontecer, porque vai acontecer. Gostei especialmente de duas coisas neste livro. Gostei de ver um certo acontecimento visto pelos olhos de duas personagens diferentes e gostei do final. Posso ainda não ter perdoado o autor por esse mesmo final... mas gostei bastante. 

09
Fev18

Como é que lês tanto?

Patrícia

E desta vez a pergunta foi-me feita com genuíno interesse, por um leitor que se sentia sem tempo para ler o que queria, no final de uma interessante – e inesperada – conversa sobre livros e literatura.

Para responder a esta questão tenho que, por um lado, frisar que não leio assim tanto – pelo menos no meu conceito da coisa – e por outro lado voltar à infância.

Cresci rodeada de livros. Aprendi a ler com imensa facilidade, muito antes de entrar para a escola, e sempre li as minhas próprias histórias. Quando precisei de dar alguns saltos nas leituras tive uma mãe a segurar-me na mão e a dar-me força para avançar.

Em miúda, a minha loja favorita era a Bertrand da rua de Sto António em Faro de onde nunca, NUNCA, saí sem um ou dois livros.

Vivia numa aldeia onde tinha liberdade para sair à vontade… mas só depois das 18h e até à meia-noite … todas as outras horas eram passadas em casa, com ou sem amigos, em que tinha que inventar o que fazer. Os livros, os seus mundos, sempre foram o meu refúgio.

Nunca fui “rato de biblioteca” mas conhecia todas as bibliotecárias. Se não me encontrassem no campo de volley a grande probabilidade era que estivesse nos sofás da recepção da escola a ler um livro – e nunca um funcionário ou professor me expulsou de lá. Na faculdade, era aquela que tinha sempre um livro… e era natural que estivesse o estivesse a ler ao lado dos meus amigos que estavam a jogar cartas.

Ler tornou-se parte de mim. Tornou-se uma forma de estabilidade.

A questão não é, nunca foi e nunca será “como consegues ler tanto”. A questão é, sempre será “Como é que consigo aguentar lendo tão pouco?”

A verdade é que sendo adulta e tendo mais responsabilidades do que as gostaria de ter, tenho muito menos tempo para do que aquele que já tive. Por isso tive que encontrar formas de dar a volta à questão.

  1. Sou cada vez mais crítica com os livros que leio. Ler é fundamentalmente um prazer mas resisto a ler sempre o mesmo livro – e a verdade é que há escritores que parecem escrever sempre o mesmo livro.
  2. Aproveito todas as oportunidades para ler – tenho sempre um livro comigo (nem que seja um ebook no telemóvel) e leio nos tempos mortos. Leio à hora do almoço e às vezes ao pequeno almoço
  3. Desligo a televisão. Há noites lá em casa em que pomos música e cada um de nós se dedica a fazer o que lhe apetece – tanto podemos ficar horas a conversar ou a jogar um jogo de tabuleiro como ler ou simplesmente partilhar o silêncio.

Mas tenho que confessar. O meu segredo neste últimos meses têm sido os audiobooks. O tempo em que ando de carro sozinha é passado a ouvir ler ou a ouvir podcast sobre livros e literatura.

E acima de tudo, resisto a contabilizar leituras. Leio se e quando me apetece (e posso). Leio o que me apetece. Tento participar em grupos de leitura e outras tertúlias. Leio, não só livros mas também sobre livros.

07
Fev18

Sugestões à Quarta: A Páginas Tantas

Patrícia

A Páginas Tantas de 31 Jan 2018 - RTP Play - RTP

Quando a realidade ultrapassa a ficção, a vida e os livros são a conversa, moderada por Ana Daniela Soares, com Inês Pedrosa, Patrícia Reis e Rita Ferro. Na programação da Antena 1, 4ª feira - 23h00. Reposição Sábado - 00h

A sugestão desta semana não podia ser outra. Este A Páginas Tantas, que oiço em podcast (e que também podem ouvir na RTP Play) é um dos meus programas favoritos. Quatro escritoras (a Ana Daniela Soares poderia, caso lesse isto, rebelar-se com o facto de ser incluída nas "escritoras" mas é assim que a vejo - e um dia espero ler um livro escrito por ela), quatro mulheres interessantes a falar sobre livros, literatura e outras coisas, com muitos risos à mistura.

Confesso que um dia, à conta deste programa, tive que fazer um esforço para não começar a falar com a Inês Pedrosa como se a conhecesse - acabei por apenas trocar os cumprimentos banais de quem se cruza num mesmo espaço e acho que ela deve ter achado que nem a reconheci. Pensando bem, e tendo em conta que foi massacrada por um aspirante a escritor a quem, escrevendo ao estilo do GMT, só faltava uma cunha para singrar no mundo da escrita (dito por ele, não por mim), acho que ela agradeceu não ter outro emplastro a chatear.

Mas estou a perder-me... a razão pela qual não podia a sugestão desta ser semana ser outra é o tema deste programa. Ouvir escritores a falar (e gostar) de ficção cientifica como a Patrícia Reis faz o é raro e maravilhoso. Aliás, este programa é para ouvir de lápis e bloco de notas em punho, que dali sai uma lista bem catita, prometo.

 

05
Fev18

Os brancos também sabem dançar, de Kalaf Epalanga

Patrícia

1507-1 (1).jpg

Há livros que aparecem nas nossas vidas sem que o esperemos. Este foi um deles. Com o início da Comunidade Leya Connosco fui desafiada a lê-lo e digo-vos, desde já, que foi uma óptima surpresa.

Porque não ando a par das novidades e porque não sou fã de Kuduro e dos Buraka Som Sistema não fazia ideia que Kalaf Epalanga era (também) escritor.

O título "Os brancos também sabem dançar" e a frase um romance musical remetem-nos imediatamente para o mundo deste livro, o mundo do Kuduro e da Kizomba  (que segundo o autor, podem ter tido como responsável pelo seu aparecimento, nada mais nada menos, que Cavaco Silva... sim, esse mesmo em quem vocês estão a pensar). 

Divido em três partes, este livro é um misto equilibrado de ficção, ensaio e biografia. Na verdade é muito difícil para mim, que pouco ou nada conheço do escritor, separar a parte da ficção da parte auto-biográfica mas será isso importante? A verdade é que aqui conheço um pouco do Kalaf visto pelo próprio, como é, como gostaria de ser ou como se vê. E isso para mim, chega perfeitamente.

Aprendi imenso sobre kuduro e kizomba. Para dizer a verdade antes de ter lido este livro não conhecia nada de kuduro (apenas que não é o meu estilo de música) e sobre a kizomba sabia apenas o suficiente para saber que a intimidade que provoca e invoca não é para mim. Gosto de ver dançar kizomba mas não de a dançar. Mas gostei de ler todas as páginas sobre estes estilos musicais, o que está na sua génese, como apareceram, o que contam, em cada passo marcado, sobre quem as dançam. Gostei de ver a dança, a música, como expressão cultural. 

Gostei de ver a música, a dança transformada em palavras. Gostei de conhecer aqueles personagens, de viajar pelo mundo com o autor, de registar as inúmeras referências musicais. Gostei de dar uma hipótese a esta música e a este livro.

Boas leituras

 

 

02
Fev18

Ler por aí - o Blog

Patrícia

Todos os meus blogs nasceram da minha necessidade de partilha. Este Ler por aí, o meu blog dos livros, nasceu para que pudesse ter um registo para memória futura das minhas leituras e para partilhar convosco o meu entusiasmo em relação aos livros.  A interacção que consegui levou-me a escrever outros posts, relacionados com os livros e a literatura, que não os de opinião. As “Curtas”, as “Conversas (sur)reais”, os Direitos dos Leitores são exemplos do que por aqui fui fazendo.

Nos últimos tempos as leituras abrandaram e o blog foi ficando assim meio ao abandono, o que me dá pena, confesso. Por isso decidi fazer uma tentativa, um esforço consciente para lhe dar uma nova vida.

Para já vou tentar publicar 2 ou 3 posts por semana. A ideia é ter uma opinião à segunda, uma sugestão à quarta e um post livre à sexta.

Já sei que vou ter o problema de ler livros suficientes para ter uma opinião por semana – definitivamente não ando a ler o suficiente para isso. Para já tenho post para a próxima semana (sai segunda a opinião do livro do Kalaf Epalanga “Também os brancos sabem dançar”), provavelmente para a seguinte também e algumas ideias para colmatar a coisa, nomeadamente vasculhar a memória à procura daqueles livros que li e que me marcaram de alguma forma. Mas à segunda há uma opinião sobre um livro.

Comecei as sugestões à quarta com a colecção dos inéditos do expresso. Aqui posso sugerir um livro, um podcast, um canal do you tube, uma tertúlia, um blog, uma comunidade literária, um autor. Acho que não vou ter problemas nem falta de imaginação para isso. Um pormenor, não vou aqui fazer publicidade paga ou a pedido. Nem a pedido de uma qualquer editora, de um autor ou a vosso pedido (reservo-me o direito a abrir as excepções que me apetecer em relação a isto).

O drama, o horror e a tragédia vão ser os post de sexta. Tenho para mim que estes vão falhar mais vezes. A ideia é reservar as sextas para as curtas, as conversas sur(reais), as reflexões e Cosmere. Cosmere dar-me-á algum espaço de manobra pois nem sempre tenho algo de novo para dizer.

Vamos ver se resulta.

Escolhi este formato porque, enquanto leitora assídua de alguns blogs, gosto desta rotina. Às segundas feiras, por exemplo, sei que tenho um Refletindo sobre… no Estante de Livros, da Célia. Numa altura em que escolho cada vez mais as minhas leituras, por falta de tempo para ler tudo o que me interessa, esta previsibilidade é importante.

Boas leituras

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