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Ler por aí

Ler por aí

28
Dez17

Como assim, não gostaste desse livro? Oh, o drama, o horror, a tragédia...

Patrícia

Relembrando um dos Direitos dos Leitores, mais especificamente o segundo, hoje venho falar-vos de não gostar de um livro.

Pessoas, vamos lá a perceber: é normal que haja quem não gosta daquele livro que nós adorámos. É normal que duas pessoas diferentes tenham opiniões diferentes acerca do mesmo livro. É normal que nós não gostemos de um livro que outra pessoa gostou.

Como diz uma amiga minha, é por isso que o mundo não tomba. Diria ainda mais: não é só normal como saudável e espectacular que 2 duas pessoas diferentes tenham opiniões diferentes acerca de um livro.

Quando alguém não gostar daquele livro que vocês gostaram, não façam birra, não se armem em crianças mal-educadas e não vejam isso como um ataque pessoal. Mesmo que a pessoa diga (ou escreva): “aquele livro é uma merda” não precisam ficar ofendidos, a grande probabilidade é que seja apenas um desabafo parvo e não uma ofensa mortal (e se ao dizer isso a pessoa vos estiver a tentar ofender, então tb ela se está a comportar como uma criança mal-educada que merece dois tabefes).

Quando alguém não gostar daquele livro que vocês gostaram, falem com essa pessoa, oiçam as suas razões, tentem mostrar-lhe outro ponto de vista, expliquem como e porquê gostaram do livro e acabem amigos como sempre. Ou um bocadinho mais amigos porque partilhar uma gargalhada (e este género de conversa entre 2 pessoas normais geralmente acaba em gargalhada) é o melhor caminho para fazer crescer uma amizade.

 

(sim, estou metida numa discussão porque alguém disse que o Warbreaker é “rubbish” e há pessoas super, mega ofendidas com isso. Oh gentinha mais palerma)

27
Dez17

2017 em livros ( ou "a já costumeira brincadeira de fim de ano")

Patrícia

Em Janeiro começou o ano em que finalmente tive que me render às evidências e admitir que  Nem todas as baleias voam, que por mais que nos esforcemos por fugir, a realidade atropela-nos.  O lobo solitário que sou recusou, em Fevereiro, a companhia  Harry Potter e a Criança amaldiçoada e foi aí que comecei a escrever a minha história n'A máquina de Joseph Walser ... mas tal tornou-se desinteressante pelo que renascer como contado n' O Evangelho segundo Lázaro  foi a única opção.

Em Março mergulhei n'Os dez livros de Santiago Boccanegra  na excelente companhia dO velho e o Gato.  Mas Abril veio e como Não se pode morar nos olhos de um gato  cruzei-me com A mulher-sem-cabeça e o homem-do-mau-olhado  e a confusão foi tal que dava para escrever um O quinto evangelho e ainda assim não vos contava a história toda.

Depois da confusão e já No silêncio de Deus  encontrei em Maio Uma magia mais escura  que me permitiu reflectir, parar, fazer uma pausa  para que em Junho pudesse Aprender a rezar na era da técnica.

Em Julho regressei a Scadrial, cruzei-me com O homem Pintado*  e com o Hoid  na Liga da Lei (The Alloy of law).  Agosto foi um mês estranho, o calor que se sentia Noite e dia  fez-me pensar no que  Uma senhora Nunca, mas nunca deve fazer... Mas que faz. Porque é divertido. Mesmo que o mundo dê a volta e um'A lança do deserto*, numa espécie de efeito borboleta, nos transfome, a mim a Lisboa, n'A Avó e a Neve Russa .

Em Setembro, mesmo com o Way of kings** não houve forma de evitar um'A guerra diurna*  porque, em Outubro, o Orlando , com  Words of radiance*, deu a volta à Noiva do tradutor* e  acabaram por viver felizes para sempre em Novembro numa Edgedancer à moda de Cosmere.

 

* Livros (ainda) sem opinião escrita aqui no blog

**Audiobook (releitura)

19
Dez17

Em jeito de balanço

Patrícia

Nos últimos anos tenho lido muita coisa diferente. Participei em grupos de leitura. Entrei para o mais fantástico grupo literário de Lisboa e arredores (falo, claro, da Roda dos Livros). Descobri escritores fantásticos. Descobri a literatura portuguesa. Falei com escritores ou, o mais espectacular, ouvi-os falar e tantas vezes até conversei com eles. Fui a apresentações de livros não só por ter interesse no livro em si mas muito por sentir carinho por aquele escritor. Vi amigos passarem de leitores a escritores. Aplaudi-os com orgulho. Pedi autógrafos. Eu, a pessoa mais envergonhada do mundo, pedi autógrafos! Comprei livros. Mais do que os que consegui ler mas não faz mal. Escrevi muitas opiniões aqui no blog e (loucura das loucuras) li livros sobre os quais não escrevi nada. Tirei muitas fotografias do meu gato com os meus livros. Descobri que não me interessa o que quem quer que seja pensa sobre as minhas leituras. Leio com o mesmo prazer um livro que me obriga a parar e reflectir e um livro de leitura compulsiva. Descobri que os meus escritores favoritos são a Maria Manuel Viana (com quem já falei várias vezes mas de quem não tenho nenhum autógrafo) e o Gonçalo M.Tavares (a quem pedi um autógrafo na feira do livro) mas neste momento estou obcecada com os livros do Brandon Sanderson (por cujo autógrafo não esperei). Ouvi podcasts sobre livros. Ouvi os meus primeiros audiobooks. Fiquei fã de audiobooks, porque estes me salvaram a sanidade mental nos últimos meses. Li ebooks. Comprei livros que já tinha lido (em ebook ou emprestados) porque simplesmente tinham que fazer parte da minha estante. Li Virginia Woolf e adorei. Tive as mais espectaculares conversas sobre livros com as meninas que leram o "A gramática do medo". Descobri Cosmere e meu mundo literário nunca mais será o mesmo. Passei semanas sem ler. Esperei pelo lançamento de um livro com ansiedade. Li blogs, vi vídeos e descobri que o que gostava mesmo de fazer era um podcast. Dificilmente acontecerá mas é o formato de que mais gosto.

Tive gente a ler este blog mesmo que os post rareiem cada vez mais. Tive gente a comentar. A todos vocês um Muito Obrigada. Tem sido giro. 

06
Dez17

Sugestões de Natal #1 : O lápis mágico de Malala

Patrícia

Malala.jpg

 

Ontem, andava eu a fazer compras de Natal na Bertrand, dei de caras com a famigerada* Agenda Doméstica 2018 da Porto Editora (que ainda por cima estava em destaque) e a primeira coisa que pensei foi em pousar os livros que estava a comprar e sair dali. Mas olhei para o lado e vi o livro da Malala.  Depois de uma divertida conversa com os livreiros e da minha sugestão de que, em destaque, deveria estar o livro "O lápis mágico da Malala" em vez daquela coisa (e da desilusão de saber que aquilo vende) resolvi antes fazer discriminação positiva e comprar o livro daquela miúda que explica tão bem porque é que é tão importante ser feminista, lutar pela igualdade de oportunidades e direitos.

O livro, infantil, é delicioso, e uma excelente oportunidade de transmitir e incutir, aos mais pequenos, valores fundamentais para se ser um ser humano decente.

Qualquer criança é o produto da educação que pais, educadores e amigos transmitem. É muito engraçado isso estar tão patente neste livro. 

Portanto achei que não havia melhor forma de iniciar as sugestões livrescas para o Natal de 2018 do que com este "O lápis mágico de Malala".

Que cada um de nós rabisque o seu lápis um mundo melhor.

 

 

*Se não sabem o que é a Agenda Doméstica 2018 considerem-se felizes e não vão à procura (dá azia). 

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