24
Jul15
Memórias esquecidas, de Jodi Picoult
Patrícia
Passei por uma banca de livros usados e apeteceu-me comprar este livro. A Jodi Picoult não é das minhas escritoras favoritas mas o "No seu mundo" faz-me, às vezes, ter vontade de lhe dar mais uma oportunidade. E, por razões que não interessam nada, tenho andado sem tempo ou capacidade para ler. Mas qualquer viciado na leitura vos dirá que ler é algo que já faz parte de quem somos e que só ler nos ajuda a passar determinados momentos. Por isso apetecia-me ler um livro fácil. E os livros da Jodi Picoult, apesar de terem sempre temas difíceis, são livros fáceis, de leitura compulsiva. E isso aconteceu-me até meio do livro. Depois foi mais difícil e confesso que apenas a teimosia me levou a chegar ao fim.
O dilema (nos livros desta escritora há sempre um dilema, já sabem) é simples: uma mulher, a Delia, com uma filha e um noivo alcoólico, vê o pai - e seu modelo e âncora - a ser preso pelo seu próprio rapto. E desde o início sabemos este facto: aquele homem raptou a própria filha e safou-se durante 28 anos. Delia descobre que, afinal, a sua mãe não morreu e tem que lidar com o facto do seu próprio pai ter sido o responsável pela sua infância sem mãe. Ao mesmo tempo que o noivo de Delia (advogado) é responsável pela vida do avô da sua filha tem que lidar com o seu inferno pessoal.
Como sempre nos livros desta escritora perguntamo-nos se os fins justificam os meios, somos levados a perceber que nem tudo o que parece é.
Nestes livros a fórmula é sempre a mesma por isso a verdade é que me sinto sempre a ler o mesmo livro. E das duas uma: ou o tema central nos interessa imenso (como foi o caso do síndrome de Asperger no "No seu mundo") ou de facto não vale a pena insistir com os livros desta escritora. Infelizmente tendo a esquecer-me dos livros que não me deixaram marca e só me lembro do único de que gostei realmente.