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Ler por aí

Ler por aí

30
Jul14

curtas 11/2014 dívidas, dúvidas, dúvidas...

Patrícia
Li uns 2 capítulos do vendedor de passados em papel, depois comecei a ler o Gone Girl (eram umas 7h da matina, acordei, apetecia-me ler e o Kobo é muito meu amigo nestas alturas… bem, é muito amigo do meu marido porque não me obriga a abrir janelas ou acender a luz e permite-me ler e continuar enroscadinha) e agora, depois de ver a 4ª temporada do GoT só me apetece ir ler as crónicas de gelo e fogo do princípio ao fim… ou até ao 5º livro já que os outros 2 nem vê-los...
25
Jul14

Em género de balanço estive a fazer umas continhas.

Patrícia
Este ano li 23 livros, 10 dos quais de autores Portugueses(43,48%), 6 foram-me emprestados (26,09%), 6 foram ebooks (26.70%) e 2 foram emlíngua estrangeira (8,70%).
O que gostava de destacar é que 43% dos livros que li foramde autores Portugueses. Não é um mau número mas não é, também, um bom número paramim. O meu objetivo é que, pelo menos metade dos livros que leio seja deautores Portugueses. Depois quero que os autores lusófonos estejam em grandemaioria na minha lista de livros lidos, mas este é um objetivo ainda em construção.
Quero ler autores Portugueses por vários motivos:
1.   Porque gosto.Temos excelentes escritores e cada vez gosto mais de os ler.
2.   Sou Portuguesa e gosto de saber o que por cá seescreve. Só o posso saber se ler.
3.   Sou Portuguesa e acho triste que os estrangeirossaibam mais acerca do que por cá se escreve do que eu. Sinto mais orgulho nos nossos escritores que nosnossos jogadores de futebol (e não conto como escritores os jogadores defutebol que escrevem livros - mas isto já é o meu mau-feitio a falar)  
4.   Porque Gosto. Já tinha dito isto mas nunca édemais reforçar que, efetivamente, seescreve muito bem por cá.
5.   Sou leitora e sou Portuguesa. Sinto cada vezmais responsabilidade em relação aomundo editorial Português: nós estamos para o mundo editorial como “os mercados”estão para as finanças. Na realidade é o que nós queremos, o que a maioria denós quer (e querer significa comprar) é o que as editoras editam (e o que sevende por aí diz mais de nós que das editoras). O problema é que nós optamos,muitas vezes, por comprar lá fora, ler o que vem de fora só porque é maisbarato e esquecemo-nos que estamos a construir o nosso próprio futuro literário.
 Outro número que destaco é que ¼ doslivros que li foram em formato eletrónico. Os ebooks que li em Português, comprei. Nãocompro mais porque há pouca coisa em PT/PT mas, tal como referi no ponto 5, senão comprarmos ebooks como podemos exigir que eles sejam editados? São carosdemais? Sim, são. Ainda são um bocadinho maltratados? Sim, são. Mas eu gosto,dão-me jeito e pretendo continuar a comprar.
 
No geral estes meses foram óptimos em termos de leituras (e para mim óptimo é qualitativo e não quantitativo). E vocês? Andam a ler autores Portugueses? Contem-me tudo....
25
Jul14

Jesus Cristo bebia cerveja, de Afonso Cruz

Patrícia

 

 
 

Rosa, alentejana tem uma avó velhinha, com mais juízo que mobilidade. Rosa tem um namorado pastor e uma série de apaixonados (ou viciados nalgumas partes da sua anatomia, pelo menos). Rosa quer concretizar o sonho da sua avó e levá-la a Jerusalém mas não tem dinheiro para isso. O professor Borja, fascinado pela Rosa e por muito querer também a quer ajudar, tem uma série de ideias que implicam levar Jerusalém até à avó de Rosa, já que o contrário parece impossível.

 
Num tom divertido (a quem mais lembraria transformar o “O avião” – quem já não se lembra de semelhante bar de strip? – num avião a sério ou,vá, mais ou menos a sério? Juro-vos, dei uma gargalhada nesta parte) a história de Rosa vai correndo, contada ao sabor das pedras, que tal como num rosário, marcam a vida desta moça. Página atrás de página, conhecemos um rol de personagens interessantes, as suas motivações, as suas pancadas (e há tantas, por aqui), as suas esperanças. E não podemos deixar de pensar que tanto ficou por dizer, que tanto ficou por pensar, que, se às vezes os fins justificam os meios, noutras alturas as coisas não são bem assim. Não podemos deixar de questionar os sentimentos, de esmiuçar o amor, a amizade.
 
É sempre bom ler Afonso Cruz. Difícil é escrever sobre um livro quando temos sentimentos contraditórios. Tal como no “Guarda-chuvas” há uma nota de desesperança neste livro. O certo é que não estraga, de todo, o livro, na verdade até o torna humano, real. Por isso, se não conhecem o autor, shame on you, vão lá a uma livraria à procura dos seus livros e depois venham cá contar-me o que acharam.
24
Jul14

Dizem que Sebastião, de João Rebocho Pais *

Patrícia
 
Esta é a história do “princípiodo fim de um homem sem graça nenhuma”. Dizem que Sebastião, homem denúmeros e de sucessos empresariais (o sonho de tanta gente) é afinal um inaptopara as coisas boas da vida. Mas um jantar desastroso e um susto vão pôr Sebastiãoperante uma encruzilhada e o caminho escolhido por este nosso herói é…interessante. Perante algumas dúvidas existenciais Sebastião procura ajuda. Equem melhor para o ajudar que aqueles que “da lei da morte se vão libertando”?
 Ao longo destaspáginas encontramos uma série impressionante de personagens que  se unem em torno de Sebastião e com palavras oaconselha. Assim, é entre conversas com Fernando, Luís, João ou António (eoutros tantos), sempre com a sábia liderança de Simplício, que o nossoprotagonista muda de vida.
Um livro que vai deliciar leitores, que me deliciou a mim eque me arrancou, amiúde, gargalhadas. Um livro sobre livros (fórmula perigosaquando não bem conseguida, mas infalível quando o é – e aqui, é). Não vou falarmais sobre esta história porque a magia deste livro é lê-lo e isso vos aconselhoa fazer.
É o primeiro livro do João Rebocho Pais que leio. Atrevo-mea dizer que não será o último, porque fiquei fã da sua forma de escrever,simples, cuidada e despretensiosa.
É um dos escritores do Cole©tivo Nau de que falei num dosposts anteriores e tem também o livro “o intrínseco de manolo” (o linkencaminha-vos para as opiniões, dos livros deste escritor, do pessoal da Rodados livros).
* e não ponho aqui a sipnose que me parece demasiado reveladora... Eu, como comprei o livro por impulso e em ebook, não a li e a surpresa foi óptima.
23
Jul14

O jogo de Ripper, de Isabel Allende

Patrícia
 
Disclaimer: Allende, mesmo quando não está no seu melhor, é uma das minhas escritorasfavoritas pelo que esperarem uma opinião completamente isenta da minha partenão é algo que devam fazer….

 Um policial escrito pela Isabel Allende não é usual. Paramim foi uma aposta ganha. Para quem é fã de policiais nórdicos, cheio de sanguee de cenas macabras com as suas teorias de que as sociedades perfeitas escondemsempre uma podridão imensa, este não é o livro ideal. Este livro é bastantedivertido e muito pouco negro, apesar da violência de alguns dos homicídios.

Allende é exímia a descrever personagens e isso nota-seaqui. Ficamos rapidamente a conhecer os personagens principais e a ter umapanóplia de informações que, não sendo fulcrais para o livro, são a melhorparte de tudo (e muita gargalhada dei eu com algumas das peripécias contadas –o Ryan e a sua namorada fã das cinquenta sombras de grey arrancaram-me algumasdelas) . Quase sem dar conta vi-me completamente envolvida e a torcer pelaAmanda e pelos seus amigos de Ripper. A relação de Amanda com o seu esbirro éternurenta, os nomes dos gatos são… ridiculamente divertidos? Sim, que um gatochamar-se “salve-o-atum” ou coisa do género é algo que não lembra às mentesmais loucas.

Ou seja, este é um policial fantástico para gente pequenacomeçar a ler policiais. Lembro-me que, na minha adolescência, lia imensoAgatha Chistie e Sir Arthur Connan Doyle e este livro ter-se-ia encaixadomaravilhosamente nessa altura da minha vida. Quem não gostou do “A cidade dosdeuses selvagens” provavelmente também não vai gostar deste “O jogo de Ripper”mas eu gostei imenso e aconselho incondicionalmente.
 


Sinopse
Indiana e Amanda Jackson sempre se apoiaram uma à outra. No entanto, mãe e filha não poderiam ser mais diferentes. Indiana, uma bela terapeuta holística, valoriza a bondade e a liberdade de espírito. Há muito divorciada do pai de Amanda, resiste a comprometer-se em definitivo com qualquer um dos homens que a deseja: Alan, membro de uma família da elite de São Francisco, e Ryan, um enigmático ex-navy seal marcado pelos horrores da guerra.
Enquanto a mãe vê sempre o melhor nas pessoas, Amanda sente-se fascinada pelo lado obscuro da natureza humana. Brilhante e introvertida, a jovem é uma investigadora nata, viciada em livros policiais e em Ripper, um jogo de mistério online em que ela participa com outros adolescentes espalhados pelo mundo e com o avô, com quem mantém uma relação de estreita cumplicidade.
Quando uma série de crimes ocorre em São Francisco, os membros de Ripper encontram terreno para saírem das investigações virtuais, descobrindo, bem antes da polícia, a existência de uma ligação entre os crimes. No momento em que Indiana desaparece, o caso torna-se pessoal, e Amanda tentará deslindar o mistério antes que seja demasiado tarde.

18
Jul14

Cole©tivo Nau - o blog

Patrícia
Esta mania de gostar de ler e de partilhar as leituras com outros “malucosdos livros” levaram à criação deste blog e à presença da Catarina por aqui. Daía participar num maravilhoso grupo de leitura (já, sabem, é a “Roda dos livros”)e de lá fazer amigos para a vida foi um saltinho. Mas como “o mundo pula eavança” sem grande controlo, vi-me, subitamente a conhecer imensa gente, cadaum mais interessante que o outro.
E para os leitores há algo quase tão bom como ler: conhecer quemescreve. E ultimamente tenho tido o privilégio de ler novos escritores e aindapassar algum tempo à conversa com eles.
E é por isso que hoje vos venho falar do Cole©tivo Nau. Naspalavras deles:
Sigam o link, conheçam o blog, divirtam-se com osposts e arrisquem a leitura de novos escritores Portugueses. Os marujos são aAna Saragoça, a Carla M. Soares, a Cristina Drios, o João Rebocho Pais, o PauloMorais, o Pedro Almeida Maia, a Raquel Serejo Martins e a Sónia Alcaso.
14
Jul14

Sangue vermelho em campo de neve, de Mons Kallentoft

Patrícia

 
SINOPSE:

No Inverno mais frio de que há memória na Suécia, um homem, nu e obesoé encontrado pendurado num carvalho solitário no meio das ventosas planícies deOstergotland. O cadáver apresenta sinais evidentes de violência mas, em volta,a jovem e ambiciosa inspectora Malin Fors só pode constatar como a neve cobriue ocultou para sempre as eventuais pistas deixadas pelo assassino. A únicacerteza é que o macabro achado vai abalar a vida tranquila da pequenacomunidade de província e trazer de volta terríveis segredos há muitoescondidos.
Sangue Vermelho em Campo de Neve -Inverno revela aos leitores portugueses Mons Kallentoft, um autorbrilhante que, com este livro, ocupou de imediato os primeiros lugares nos topde vendas dos países nórdicos e está a ser traduzido pelas mais importanteseditoras na Europa.

 

Chega o verão e as férias e dá-mepara ler policiais. Com a moda dos policiais nórdicos há uma escolha brutal.Confesso-vos que este não é, de todo, dos meus preferidos. Custei a entrar nahistória, a interessar-me pelo crime e acabei a achar que o livro é apenas “assim-assim”.

Do que menos gostei foi mesmo dasdiferentes vozes do livro. Passamos o tempo todo a ouvir a voz da “vitima” quevai comentando o curso da investigação.

Gostei de Malin, a nossaprotagonista, apesar de ficar um pouco triste por verificar que, para se serbom investigador, é sempre necessário ter problemas pessoais, gostar demasiadoda bebida enfim, ter uma vida pessoal nula ou completamente surreal. Talvez nãoesteja a ser justa com o autor mas esta personagem parece-me muito na onda do “herói”dos livros do Jo Nesbo. Mas como disse, gostei desta personagem, que foi muitobem construída.

É fácil perceber que este é umlivro introdutório e com isso acho que perde um pouco (mas talvez seja esseponto que vai enriquecer a história, a ver vamos), há muitas páginas adescrever personagens, a entrelaçar-lhes as histórias, a descrever relaçõesfamiliares que, não sendo fulcrais ou sequer importantes para esta história,terão certamente repercussões mais tarde. Sim, porque este é apenas o início deuma saga com a inspetora Malin Fors como protagonista.
E como os títulos desta saga são fantásticos, não acham? É certo que nunca me lembro deles (trato-os mesmo pelas estações do ano) mas são giríssimos e reconhecidos em qualquer lado (o mesmo que acontece com os três volumes da trilogia Millenium)

Deixo a sinopse e não falo maisdo enredo que, sendo um policial, deve ser apreciado sem spoilers. Uma notapara o final: aquele pessoal lá no norte da Europa é mesmo marado, não é?
08
Jul14

A cor do Hibisco, de Chimamanda Ngozi Adichie

Patrícia

E quando se gosta tanto de um livro que se torna difícil escrever sobreele, porque sabemos que nada do que possamos escrever lhe fará justiça? Hápoucos livros que somos capazes de recomendar a toda a gente e no entanto eusou capaz de recomendar este “A cor do Hibisco” a todos vocês. Sou capaz de orecomendar a quem gosta de romances simples, de uma escrita simples, sou capazde o recomendar a quem só gosta de “literatura complicada”, porque acredito queé um livro para ser lido e apreciado por todos. Como se pode ter um primeiroromance assim?   E no entanto aChimamanda Ngozi Adichie já voltou a provar, com o Meio Sol Amarelo e com oAmericanah que não foi um engano.

A história de Kambili étudo menos óbvia. Uma menina com tudo para ser feliz, pelo menos aparentemente,com possibilidades económicas muito acima da média (o que, numa Nigériamiserável, faz toda a diferença)  mas quecala em si um segredo monstruoso, capaz de destruir a sua e outras vidas.
Um livro que mostra comoé possível perverter o que é belo, o que deveria ser sinónimo de paz. Quemostra como a escolha individual de cada um é capaz de fazer a diferença.


E mais não digo...
07
Jul14

Curtas 9/2014 : silly season aqui no blog

Patrícia
Tenho 3 opiniões para publicar aqui no blog e ando sem inspiração nenhuma. O magnífico "A Cor do Hibisco", o razoável "Sangue vermelho em campo de neve" e o divertido "O jogo de Ripper" (poderá não ser Allende no seu melhor mas é sem dúvida Allende e é tãooo bom).
Mas eu volto, I promise.

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