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O primeiro livro que li desta escitora foi o "Pássaros Feridos". Tinha uns 16 anos. Gostei imenso, claro. Já o reli uma ou duas vezes e acho que ainda o vou voltar a fazer. Mas nunca vi a série (é uma série ou é um filme?). A história de Maggie e do padre Ralph é interessante. O que me lembro melhor é de uma frase ou pensamento de Maggie sobre o ter "roubado" alguém à igreja mas ter tido que o pagar bem caro.
"Tim" foi o livro que li depois. E desta vez vi o filme.
Uma história romântica, comovente mas na realidade pouco realista (vá insultem-me, acredito que o Amor vence tudo, já o Amor entre um homem e uma mulher não, pelo menos quando à priori as coisas já são assim tão complicadas).
Num estilo completamente diferente e que, confesso, não me fascinou como os romances históricos desta escritora temos o policial "Um passo à frente". Li-o assim meio na diagonal e cada vez que olho para ele na estante digo para mim própria que tenho que lhe dar mais uma oportunidade.
Mas os livros que tornam estra escritora algo de excecional são os da saga "O primeiro Homem de Roma". Adorei lê-los e relê-los (alguns pelo menos)
No primeiro "O amor e o Poder" conhecemos Sila e Mário. Começamos a conhecer as regras oficiais e oficiosas que regem aquele que foi o maior império do mundo. Conhecemos as Júlias que vão mudar as vidas destes homens. Conhecemos a profecia que diz que Mário será o único homem a ser consul 7 ou 8 vezes (já não me lembro do número exato) quando as regras só o deixam ser 2 vezes. Sila é um homem cheio de dúvidas, bissexual, amargurado e com uma coragem fora de série.
Mário, o justo e corajoso. O nome do segundo volume desta Saga, "A coroa de erva" vem da tradição de oferecer uma coroa de ervas ao homem que salva o seu batalhão ou tem um ato de coragem excecional na guerra. Neste volume a profecia que rege a vida de Mário cumpre-se mas de uma forma sangrenta e que mancha a memória daquele que foi um homem fora de série. A amizade, os meandros do poder e a hierarquia romana nunca deixam de marcar presença.
No "Os Favoritos da Fortuna" Sila é um dos protagonistas. Mas outros personagens históricos (e não só) são igualmente importantes: Spartacus, Pompeu, Crasso e o muito conhecido Cícero.
Sila torna-se ditador de roma por algum tempo (no império Romano, em alturas de grande necessidade, a democracia era temporáriamente suspeita e era eleito um ditador para governar impunemente durante uns meses - isto faz-vos lembrar algo?).
Se bem me lembro Júlio César já dá um ar de sua graça neste livro, mas ainda de uma forma tímida.
Mas é depois deste livro que Júlio César se torna o protagonista desta série de livros. No "As mulheres de César" conhecemos aquelas que são (quiçá) as verdadeiras responsáveis pela pessoa que César foi. Aurélia, a sua mãe, a Tia Júlia, a amante Servília. Aurélia é um personagem fantástico. Os meandros da política, as intrigas, os interesses mostram-nos que antes, como agora, este jogo é só para alguns.
Em "César" e "O Cavalo de Outubro" , conhecemos o homem, o estratega fabuloso, o general, o mito que foi Júlio César. Estes livros contam a história que todos conhecemos tão bem : As vitórias de César, a sua paixão por Cleópatra, a sua amizade com Brutos e Marco António. A ascensão e queda de um mito.
O sétimo livro desta saga chegou uns anos mais tarde e só pelo título dispensa mais palavras. Lembro-me de ler que se continuasse a escrever sobre Octaviano e o império a escritora nunca mais parava. Sinceramente gostava que isso acontecesse.
Ao longo destes livros a história de Roma, do império (um bocadinho a nossa história também, que tantos vestígios temos do império Romano nas nossas terras) é-nos contada de uma forma romanceada, mas tenho que admitir que é muito bem contada. Adorei e um dia ainda ganho coragem e leio tudo outra vez.