Quando comprei este livro esperava uma história do género "O código Da Vinci", cheio de segredos e com uma acção vertiginosa. Espera uma história leve, com um tipo de escrita super acessível e de leitura rápida. Não podia estar mais enganada em relação à maioria destes itens.
Há, de facto, um mistério a decifrar. Um mistério que pode destruir a Igreja Católica Romana. Mas esse segredo é revelado ao longo do livro de uma forma lenta, sem os picos de adrenalina que este tipo de livro costuma provocar. Para já é injusta a comparação com o best-seller de Dan Brown, pela simples razão de que "A conspiração Sistina" é anterior ao outro, muito mais denso e de leitura muiito mais lenta.
Gostei bastante, no entanto. Gosto destes livros polémicos mas confesso que, por minha vontade, teria uma maior dose de acção. Really, acredito que uma investigação na vida real possa ser assim, mas na ficção? Nunca devia ser tão lenta. E a única personagem feminina poderia nem ser mencionada porque o seu papel nesta história é ínfimo, o que se justifica pela história se passar nas altas esferas do Vaticano, mas isto é ficção e não era preciso exagerar na ausência de mulheres...
Mais uma vez este "segredo" é uma teoria já conhecida, se bem que nunca tinha ouvido falar no que , no livro, levou à sua descoberta.
Não posso deixar de fazer uma menção à frase que consta na capa da edição de bolso que comprei:
"Que têm em comum Miguel Ângelo, o terceiro segredo de Fátima, a Morte de João Paulo I, o ouro Nazi e a ressurreição de Cristo?"
Será que quem escreveu isto leu efectivamente o livro?
Uma frase para os papalvos Portugueses irem a correr comprar o livro. Um engano. E o livro não merece isso. Sim, é feita menção ao segredo de Fátima, ao facto do documento se encontrar no arquivo secreto do Vaticano, de ter assustado Papas e possivelmente prever o final da igreja ou a morte do Papa ou coisa do género, mas isso é mencionado em meia página, juntamente com outras profecias que se encontram escondidas nos ditos arquivos.... Mais nada. Não é um livro sobre Fátima, nem pretende ser. E pelo que pude ver, esta frase não consta nas edições estrangeiras....