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Ler por aí

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22
Out11

Quem quer este livro? #2

Patrícia
Pois é, dos dois livros de que estou disposta a abdicar, já consegui trocar um.
Confesso que fiz o post um bocado a medo e que por diversas vezes estive para o apagar. Mas acabou por compensar e já esta agendada uma troca do "As quatro últimas coisas". 
Foi melhor do que qualquer outra oferta. Livro por livro e a possibilidade de futuros empréstimos. Muito bom. Obrigada :) 
Tenho ainda o "O braço esquerdo de deus" para troca para quem tiver por aí um livro que já não queira e/ou de que não tenha gostado especialmente. 
21
Out11

Livrarias

Patrícia
As livrarias que mais frequento são a Fnac e a Bertrand. Na Fnac tento não comprar livros (acho-os caros) e acabo por comprá-los na Bertrand, muitas vezes ao mesmo preço mas como tenho o cartão de pontos e volta e meia lá trago um livrito de borla com os vales de 10€ que me vão oferecendo. Com a Fnac tenho um caso de ódio (acho que depois de conquistarem o mercado esticaram-se na subida dos preços) e com a Bertrand, um caso de amor. Aliás, de primeiro amor, pois a Bertrand da rua de Sto António em Faro era o meu conceito de paraíso quando tinha 10 anos (e por isso perdoo-lhes os preços que praticam).
Compro livros no supermercado, adoro feiras de rua e passo a vida a dizer que vou passar a comprar livros pela net, mas sei que quando começar ainda vou comprar mais livros do que os que compro pessoalmente. Enfim…
Hoje passei por uma livraria de bairro e resolvi entrar (atrair-me a uma livraria é demasiado fácil) e descobri que tenho saudades daquele tipo de livraria, dos livros que têm expostos e da forma familiar como as coisas são feitas. Gosto daquela mistura de papelaria com livraria (só não trouxe uma agenda para 2012 porque “ainda estamos em Outubro!!!!!”). Os grandes grupos estão a controlar completamente o mercado dos livros e isso entristece-me imenso pois retira grande parte da magia da coisa. É que misturar livros e pacotes de esparguete não é bem a mesma coisa que entrar um santuário de livros.
17
Out11

Alguém quer este livro? #1

Patrícia
Ontem estive a arrumar a minha estante e apercebi-me de que alguns livros que lá tenho já não me interessam especialmente. Alguns são da minha fase cor-de-rosa, outros são livros de que não gostei especialmente e que não espero reler.
Antes de ir dar uma outra volta ao alfarrabistas (Cati, da outra vez tu é que levaste a mochila cheia, desta vez sou eu) lembrei-me que vocês podiam estar interessados em comprá-los.
Vou começar com 2 dois mais recentes. Não me interessa ficar com estes livros, porque não gostei da história e nem sequer acabei o segundo volume. Se alguém pretender ficar com estes livros mande-me um email, com a v/ proposta. Pode ser troca por troca, podem fazer uma oferta (inc. portes). Se for troca, cada qual paga os seus portes, boa?



 

09
Out11

Os olhos amarelos dos crocodilos, de Katherine Pancol

Patrícia



“Este é um romance sobre uma mentira, mas também sobre a amizade e o amor, o dinheiro e a traição, o medo e a ambição. 
A acção desenrola-se em Paris. Duas irmãs. Iris é uma mulher muito bonita, rica, elegante e sofisticada, mas vive desencantada com a vida e com o seu casamento. Joséphine é uma intelectual, historiadora, muito menos bonita do que a irmã e com uma vida bem mais difícil. Casada, tem duas filhas, vive nos subúrbios e trabalha para pagar as contas. Certo dia, num jantar, Iris faz-se passar por escritora. Presa na sua mentira, convence a irmã a escrever o livro que ela própria assinará. Abandonada pelo marido, cheia de dívidas, Joséphine submete-se, como sempre, aos caprichos da irmã. Mas esta é uma decisão que vai mudar o destino destas duas mulheres.A escritora francesa Katherine Pancol traça com mestria um retrato real e vivo de mulheres que tentam triunfar na carreira profissional, na vida familiar e alcançar o reconhecimento social. Mas que, por baixo desta aparente vida de sucesso, escondem uma profunda infelicidade, falta de confiança e frustração. Os Olhos Amarelos dos Crocodilos é uma verdadeira lição de vida. Este romance, um verdadeiro best-seller em Espanha e França, dá-nos a conhecer as mulheres que somos, as que queremos ser, as que nunca seremos e as que talvez sejamos um dia. Mulheres à procura de um caminho na vida, em busca de si próprias e à descoberta de novos amores.”

Duas irmãs, Íris e Joséphine, são as protagonistas desta história. Iris, casada com Philippe e mãe de Alexandre é linda, confiante, talentosa, rica e feliz. Josephine, casada com Antoine (amante de Myléne) e mãe de Zoe e Hortense é pobre, gordinha, acha-se feia e não tem grande sucesso na vida. Apesar de inteligente falta-lhe a confiança necessária para triunfar.
Todas estas personagens são-nos apresentadas de início e vão sendo desenvolvidas (ou não, depende do ponto de vista) ao longo da trama.
O livro lê-se num instante e é porreiro para a praia. Lembrou-me aqueles romances típicos da adolescencia cheio de clichés e que têm o intuito de passar uma mensagem moral e de ensinar. O problema é que o livro é aparentemente direccionado para um público adulto. Tendo vendido imenso em vários países confesso que esperava mais. No entanto já ia com um pé atrás após ter lido a opinião da Célia (Estante de livros). E concordo com ela. Não vou tão longe como ela porque li o livro sem esforço e passei algumas horas divertidas a ver se aquilo me conseguiria surpreender de alguma forma. não conseguiu.
Ao contrário do pretendido pela autora (imagino eu) não gostei minimamente da personagem da Joséphine. Para alguém tão inteligente era um bocadinho burra demais. É verdade que às vezes uma pessoa inteligente se deixa esmagar de tal forma que fica sem ser capaz de reagir, mas confesso que me irritou profundamente que aquela auto-confiança final tenha vingado, mais uma vez, devido à presença de um homem. não me pareceu minimamente que a confiança tenha vindo das vitórias pessoais da senhora.
Para um livro que passa  lição de moral e bons costumes, as atitudes da menina Hortense e a forma passiva como a Jo a aceitou (burra como sempre) não ficaram lá muito bem.
Não me parece que o livro retrate a realidade, qualquer realidade. 
É um livro light, óptimo para quem anda a começar as lides das leituras e para ler na praia. Para quem está à espera de um livro que faça pensar e como qual aprenda qualquer coisa não é, de todo, o livro certo.






03
Out11

Combateremos a Sombra, Lídia Jorge

Patrícia


Osvaldo Campos, umpsicanalista, divide-se entre as aulas que lecciona na faculdade e os seuspacientes no consultório no 5º andar de um prédio na Avenida de SantaPulquéria. A mulher, Maria Cristina e o filho ficam para segundo plano. Nanoite da passagem do milénio Osvaldo esforça-se para concluir um artigo “quandopesa uma alma?- responde um prático” e ainda assim chegar a tempo àcomemoração. Nessa noite, que lhe mudará a vida, recebe um ex paciente, loucoou não, com uma mensagem enigmática, que nunca conseguirá decifrar, perde amulher para um concorrente e conhece uma nova mulher. Uma noite em cheio.
Maria London, a pacientemagnifica, a visita da noite no consultório de Osvaldo, é a peça chave destahistória. Uma mulher desequilibrada, com muito para contar e sem forma de ofazer é paciente deste psicanalista que a vê como um caso extraordinário,como  mais “o” caso que lhe permitiráevoluir enquanto psicanalista. Mas o caso muda de figura quando se apercebe quesob as fantasias loucas de Maria London há verdades escondidas, verdadesnegras.
Rossiana, uma mulher comuma história de vida invulgar é mais uma peça nesta história de sombras .

Lídia Jorge conta-nosesta história negra de uma forma linear, sim qualquer climax e que poderia serreal. Provavelmente é-o, mesmo que os personagens são existam, mesmo que nãoseja nada assim. As sombras, o poder e maldade são reais.
Não é um livro fácil deler. Já li algumas criticas negativas e compreendo-as. Passamos boa parte dotempo à espera de mais, à espera do acontecimento e muitas vezes nem nosapercebemos que já aconteceram. Não é uma história com princípio, meio e fim,em que os bons acabam bem, os maus são castigados e os heróis vivemfelizes  para sempre. Não há nada aquitão óbvio assim.
E foi precisamente porisso que gostei bastante deste livro. Custou-me a lê-lo, levei bastante tempo,mas isso teve mais a ver comigo do que com o livro.
Conheci a escritora numa tertúlia e se tivesse que a descrever diraapenas “doce”. Nunca pensaria que ela escrevesse um livro destes, um livro emtons de cinzento, um livro tão pouco feliz, tão descrente. Mas a verdade é queem qualquer dos seus livros há temas importantes e tudo menos doces. Talvezseja esse o seu segredo, exorcizar vários fantasmas na escrita e manter adoçura na vida.
Resumindo: gostei bastante e recomendo. Tenho mesmo que completar aminha coleção dos livros da escritora (de momento só tenho este, o “A costa dosmurmúrios” e “o Vento assobiando nas gruas”)
Mais uma nota: continuo a achar fantásticos os títulos  destes livros. “Combateremos a Sombra” .Muito bom.

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