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Ler por aí

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12
Ago11

Dia 1 – Livro Favorito - 45 Days Book Challenge

Patrícia
Cansei-me do Booking through Thursday porque, na maioria dos dias, acho as perguntas tolas. Não acompanhei o início daquele blog e quando comecei a responder às perguntas o formato já estava esgotado.

Agora decidi responder ao “45 Days Book Challenge – 45 dias de dasafios literários” apesar de achar que há alguns destes temas pouco interessantes. Vamos ver o que sai daqui.

- Dia 1 – Livro Favorito

O desafio começa logo de uma forma complicada. Eleger o livro favorito é um exercício difícil e bastante “mutável”. Depende do dia, da hora, da memória do estado de espírito. E é impossível escolher só 1. Portanto fica aqui a lista de alguns livros que foram, para mim, memoráveis e que marcaram algumas etapas da minha vida.

- O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas- 3 volumes lidos aos 14 anos e que me apaixonaram. Foi uma leitura compulsiva e que me fez detestar todas as séries e filmes neste livro baseados – nenhum lhe faz justiça.

- As Brumas de Avalon, da Marion Zimmer Bradley – 4 volumes lidos aos 16 anos, numa semana e que me prenderam, para sempre, ao fantástico (com muita mitologia à mistura)

-A Sombra do vento, de Carlos Ruiz Zafón. Acho que ele escreve de uma forma espantosa.

-Poemas de deus e o diabo, de José Régio – Não sendo fã de poesia acho os poemas de José Régio fabulosos.

-A small death in Lisbon, de Robert Wilson - Uma das minhas primeiras leituras em Inglês e um dos melhores “policiais históricos sobre Portugal na segunda guerra mundial” que já li.

09
Ago11

A Mentira Sagrada, Luís Miguel Rocha

Patrícia

Será que Jesus foi mesmo crucificado?
Terá tudo acontecido como a Bíblia descreve?

Na noite da sua eleição para o Trono de São Pedro, o Papa Bento XVI, como todos os seus antecessores, tem de ler um documento antigo que esconde o segredo mais bem guardado da História - a Mentira Sagrada.
Em Londres, um Evangelho misterioso na posse de um milionário israelita contém informações sobre esse segredo. Se cair nas mãos erradas pode revelar ao mundo uma verdade chocante.
Rafael, um agente do Vaticano, é enviado para investigar o Evangelho... e descobre algo que pode abalar não só a sua fé mas também os pilares da Igreja Católica.
Que segredos guardará o Papa? E que verdade esconde o misterioso Evangelho?

As verdades chocantes, capazes de abalar as fundações da igreja católica não são nem tão chocantes, nem tão avassaladoras como seria de esperar. Parece-me que Luís Miguel Rocha quer vencer em todos os campos, quer os leitores que estão ávidos de escândalos anti-igreja e quer manter os leitores que têm fé mas que não são extremistas (sim, que esses nunca os teve, a não ser se pensar que qualquer má publicidade é boa).

Acho que vou fazer uma pausa (grande) dos livros deste escritor.
São de leitura fácil mas demasiados confusos, demasiados personagens (com nomes bastante conhecidos) e pontos de vista a ponto de às tantas não sabermos o que raio se está a passar. Isto poderia ser bom, mas efectivamente torna-se um ponto negativo. Mas fiquei com saudades de ler um bom policial.
Li algures uma comparação entre este livro e o "Evangelho segundo Jesus Cristo" do José Saramago e fiquei surpreendida. Eu não sou fã de Saramago, já o disse neste blog várias vezes, mas acho ridículo compará-lo a Luís Miguel Rocha. Só em sonhos LMR se pode comparar a Saramago, e isto nem sequer é uma crítica. São escritores em patamares tão diferentes e com estilos tão diferentes que nem vale a pena falar nisso.

01
Ago11

A Papisa Joana, de Donna Woolfolk Cross

Patrícia
Personagem histórica envolta em lenda, a papisa Joana protagoniza a notável ascensão de uma mulher que não aceita as limitações que a sua época lhe impõe. Dotada de uma inteligência esclarecida e de uma imensa força de carácter, atinge o mais elevado grau da hierarquia religiosa católica. Apoiado numa investigação rigorosa, este é um romance magnífico, cativante, que prende o leitor nas complexidades da luta pelo poder, das conspirações e segredos políticos e dos fanatismos sangrentos. O livro que inspirou um grande filme épico realizado em 2010.


Comprei este livro na minha ronda pelos alfarrabistas e digo-vos: que boa escolha foi. Encarei-o de duas formas: uma puramente histórica (qual a veracidade, ou possível veracidade da existência de uma papisa?) e outra absolutamente lúdica.

A autora conta-nos a história de Joana, uma menina que tinha fome de saber e que teve o azar de nascer numa família disfuncional no séc.IX. Até para o séc. IX aquela família era descompensada, com um pai cónego, ruim como as cobras (quero acreditar que apesar da época havia homens um pouco mais “gente” e bondosos) e uma mãe pagã que lhe incute o respeito por outros deuses que não o do pai. Mateus, irmão mais velho de Joana, está destinado ao sacerdócio,a única via de educação e erudição da época. Joana sonha aprender a ler e o irmão, à revelia do pai, faz-lhe a vontade. Quando Mateus morre precocemente João, um outro irmão, é forçado a substitui-lo sem ter vontade ou talento para aprender.
Joana e João acabam por ter a oportunidade de ir estudar, mas o talento estava na criança com o sexo errado e, após algumas peripécias Joana acaba por assumir a identidade do irmão e passar a ser o “irmão João”. O talento, a vontade, a inteligência e a sorte fazem o resto e João é eleito Papa, por mérito próprio.
Como estória não há nada a apontar. Lê-se bem, é interessante e sem ser um livro memorável é bom q.b.
Agora a parte histórica, que é sem dúvida a parte mais interessante deste livro. Terá Joana existido? Será que na história do Cristianismo houve uma papisa? Como eu gostava que assim tivesse sido. Se o foi ou não, não sei, as “provas” que há são inconclusivas (quero com isto dizer que há historiadores que negam a sua existência e outros que a admitem) e Joana está mais para lenda que para personagem histórica.
Mas eu acredito que houve muitas Joanas ao longo da história, muitas mulheres que venceram como homens porque não tinham outra hipótese e tinham inteligência para tal.

Quão da nossa história terá sido escrita no feminino e não no masculino?

Pág. 3/3

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