O resgate dos mineiros chilenos foi de filme. Correu maravilhosamente bem e é um exemplo em termos técnicos, sociais, humanos e políticos. Mas há algo que me tem impressionado mais.
Li, há muitos anos, o clássico “O deus das moscas” de William Golding. Não gostei. Mas lembrei-me dele imensas vezes ao longo dos últimos tempos por causa dos mineiros Chilenos.
No livro as criancinhas, numa situação extrema, mostram o pior e o melhor que tem a humanidade. E no livro o mau é mesmo muito mau. Felizmente neste caso, o bom foi mesmo muito bom.
Numa situação extrema, em que 33 homens estavam enterrados vivos sem terem (durante os primeiros dias) a certeza de que haveria alguém a tentar salvá-los, tendo apenas a esperança de que alguém acreditasse que eles podiam ser salvos, tendo que racionar a comida e a bebida por sabe-se lá quanto tempo, eles conseguiram ser gente, no melhor sentido da palavra e, para além de se manterem vivos, apoiaram-se e mantiveram-se unidos.
Não querendo entrar em análises (até porque me falta o conhecimento para tal) individuais a cada um dos mineiros, acho que o/os lideres que forma feitos lá dentro e naqueles momento, estão de parabéns e são o exemplo melhor (e maior) do melhor que somos.