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Ler por aí

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30
Out13

O Inverno do mundo, de Ken Follet

Patrícia

Depoisdo “A queda de gigantes” esperei ansiosamente por este “O inverno do mundo”. Umromance histórico do Ken Follet na altura da Segunda Guerra Mundial? Noseguimento do maravilhoso “Queda de gigantes”? A expetativa era altíssima,obviamente. Não fui a correr comprar o livro assim que saiu porque acho o preçodestes livros um absurdo. É certo que são livros grandes, a rondar as 1000páginas, mas 30€ é um valor quase obsceno a pagar por um livro não técnico.

Resolviler este livro no Kobo e em Português do Brasil. Essa parte não me fezdiferença nenhuma. É certo que volta e meia aparecem uns termos menos conhecidos,é certo que, às vezes, o Português do Brasil é menos rígido do que o nossoPortuguês mas o essencial está lá e é uma questão de adaptação, coisa em que eunão tenho dificuldade.
Comojá disse, as expectativas eram altas. E desta vez fiquei um pouco dececionada. Estelivro é, nitidamente, uma continuação do “A queda de gigantes”. Depois doprimeiro capítulo senti-me em casa, como se o primeiro volume nunca tivesseacabado. Matei saudades dos personagens, reencontrei-os e reencontrar velhosamigos é sempre bom, mas a verdade é que isto passou a ser um livro de 2000páginas o que é um abuso. Às tantas deixa de haver pachorra. E o autor, que semdúvida encontrou uma fórmula de sucesso, foi-lhe demasiado fiel. Na parteficcional sempre os mesmos problemas: os amores e desamores, as classessociais, as dúvidas existenciais, as mesmas opções que a geração anterior tinhaescolhido.
Ogenial deste livro foi forma como Ken Follet nos contou a segunda guerramundial.  Não há grandes novidades, esteperíodo da história tem sido contado inúmeras vezes, todos conhecemos osgrandes protagonistas, todos sabemos o que vai acontecer depois. Todos sabemosdos campos de extermínio e por muito que nos choquemos cada vez que nos vemosperante essa realidade, não é novidade. Mas neste livro o escritor conseguiucontar-me a história que tão bem conheço de uma forma diferente, através dos pormenores,das injustiças feitas aos pequenos, aos judeus e aos não-judeus. Falou, deforma aberta, de quantos em Inglaterra, nos USA, em França compactuaram com asideias abjetas defendidas pelo nazismo, do perigo (que tantos países correram)de alinhar nesta mentalidade de tortura e morte.
Apesarde, uma vez mais, acompanharmos várias famílias em todos os lados desteconflito (e neste livro percebemos tão bem que houve muito mais do que 2 ladosapenas) não pude deixar de sentir a parcialidade do autor. Não critico isso,até porque acho impossível que fosse de outra maneira. Gostei especialmente deacompanhar as famílias Russas.
Vouficar à espera do terceiro volume desta saga, mas sem grandes expetativas.Espero que parte da ação se passe na Guerra Fria mas gostava de conhecer novospersonagens, novas dúvidas existenciais mas duvido que isso aconteça.

26
Nov12

O Vale dos Cinco Leões, de Ken Follet

Patrícia
    
    Ler Ken Follet significa ter expectativas altas. Afinaldepois de ter lido os Pilares da Terra e a Queda de Gigantes não poderia serdiferente. Eu sabia que este “O Vale dos 5 Leões” não era um romance históricomas sim um policial (?) ou algo parecido.
    Tal como é hábito nos livros deste escritor a linguagem ébastante simples e acessível a todos, o ritmo de leitura torna-se bastanteelevado uma vez que o livro é interessante o suficiente para que nos apeteçaler sempre mais um bocadinho… pelo menos até perto do fim.
    Mas há diversos pontos menos bem conseguidos neste livro (pelomenos na minha opinião): a total ausência de mistério, a parcialidade naanálise do conflito Afegão e o final chato, chato.
    O início do livro é promissor: um agente infiltrado da CIAdesmascara uns terroristas russos a operar em França. Para se infiltrar nogrupo aproxima-se de Jane e acaba por se apaixonar por ela. Quando ela descobrequem é Ellis na realidade sente-se traída, abandona-o e acaba por ir para oAfeganistão com Jean-Pierre, com quem se casa, e que na realidade é agente daKGB.
    As descrições da vida de Jane e Jean-Pierre (médico) no Afeganistãosão bastante interessantes, assim como o é perceber um pouco mais sobre aguerra Afeganistão-União Sovietica. Esta parte perde-se um bocadinho porque olivro é extremamente parcial e completamente pró-USA o que , considerando tudoo que sabemos acerca do pós apoio Americano aos Talibans, não é das coisas queeu mais goste.
    Queria eu que o livro tivesse sido menos previsível e a Janefosse um bocadinho mais mulherzinha, mas não se pode ter tudo pelo que vá, ospersonagens Jane e Ellis safam-se.
    O fim arrastou-se indefinidamente, sem nada de muitointeressante (basicamente as dificuldades repetiam-se n vezes).
    Como conclusão digo que o livro se lê bem, tem partesinteressantes, é baratinho em livro de bolso mas que não é um “Follet”, pelomenos daqueles a que estou habituada. Vou continuar a esperar pacientementepelo Inverno do Mundo (com sorte o Pai Natal vai lembrar-se de mim e destepost) e vou assobiar para o lado quando vir outros Follet à venda nas livrarias-mesmo que em livro de bolso.
07
Jun12

A Queda de Gigantes, de Ken Follet

Patrícia

Já acabei de ler o livro “Queda de gigantes”há quase um mês, mas não tenho tido tempo para vir aqui escrever a minhaopinião.
Numa altura de intenso trabalho ter começado aler este livro, enorme, foi uma loucura total. Ainda por cima “tive” que fazer umapausa para ler o “O teu rosto será o último” por isso esta leitura arrastou-see talvez não lhe tenha dado a atenção merecida.
Mas, apesar de tudo, adorei. Como já imaginavaque acontecesse. O romance histórico é um dos meus géneros literários favoritose o Ken Follet consegue, como poucos escritores, prender-me a atenção (perde ,por pouco, para a Colleen McCullough  como seu “Primeiro Homem de Roma"). Apesar de ser fã deste género literário nãosou, de todo, muito exigente com a parte histórica. Quero com isto dizer quenão tenho assim tantos conhecimentos de história (depois do nono ano nunca maistive história  e a verdade é que, com uma  exceção, os meus professores não foram assim tão bons) e que basta que não hajanenhum erro demasiado óbvio para que eu fique feliz. Quando leio sobre o Egiptoou Roma a coisa já é um bocadinho diferente porque, como adoro esses temas, leiobastante e pesquiso tudo e mais alguma coisa. Mas da história do século XXconfesso não saber assim tanta coisa e este livro foi fantástico para  colmatar uma série de falhas.
5 famílias cuja história se entrelaça entre sie com a história mundial, com romance, crime, castigos (ou nem por isso), sortee azar. Valores como honra que se misturam e às vezes se confundem com puropreconceito.
Acho que vou ter, durante muito tempo,saudades daqueles personagens. Da Ethel, mulher de armas, fantástica. Umalutadora. Da Maud, que apesar de me ter desiludido um bocadinho espero que sejafeliz. Difícil vida que escolheu.  DoGus, uma surpresa. Do Walter. Do Fritz (ah, este ainda vai ter muito sapinhoque engolir).
É-me mais difícil falar da guerra da Rússiaporque, como em tantos conflitos, a razão não está em lado nenhum. A teorianunca consegue transformar-se na prática. A justiça não existe. E ler sobre umaguerra que vai ter tantas implicações tristes é muito complicado.
Gostei da forma como o escritor misturousituações reais com ficção (lá está a minha falta de conhecimentos históricos aemergir) e pôs os personagens em locais de destaque mundial. Gosteiprincipalmente de como os vários ângulos da história foram abordados: não háverdades absolutas , não há lados com razão e lados sem razão. Há interesses,uns bem intencionados outros nem por isso. Porque as guerras, todas as guerras,são começadas por poucos, por razões que pouco ou nada têm a ver com o que senoticia e se divulga. A história é contada e escrita pelos vencedores e àsvezes precisamos afastar-nos e olhar vencedores e vencidos e ver que, não rarasvezes, são exatamente iguais.
Agora é só esperar pelos dois próximosvolumes.

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