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Ler por aí

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13
Out13

Inferno, de Dan Brown

Patrícia
Fui uns dias para fora do país e levei o Kobo. Lá dentro o Inferno, de Dan Brown, era o livro escolhido. Nada como um livro leve, viciante e rápido para uns dias de viagem. 
Para viagens sempre levei livros pesados, lentos de ler, uma vez que o limite de livros que levo comigo é francamente baixo para o que leio quando estou sozinha e abandonada no outro lado do mundo. Mas esse problema acabou com o e-reader e comigo para além do Inferno foram mais uma série de livro.

Como já puderam perceber pelo post anterior não estava a gostar do Inferno. E agora que já o acabei de ler posso dizer que não gostei. Que grande banhada. Um livro para esquecer rapidamente, se possível.

A fórmula de Dan Brown é sempre a mesma. Temas polémicos, uma miúda gira com um pseudo-crush pelo Langdon (DB é um bocadinho mais inteligente que o JRS e não faz do Langdon um garanhão execrável - continuo a sentir um certo carinho pelo Robert Langdon), tours pelas cidades maravilhosas, arte a potes. Não me teria importado com nada disto se não viesse associado a uma banalidade que me fez sentir que o autor acha que os seus leitores - nomeadamente eu - são completamente burros.

No livro fala-se de uma organização capaz de fazer qualquer coisa por dinheiro incluindo fazer com que um cientista "desapareça" durante um ou dois anos para desenvolver o seu trabalho em completo anonimato. Até aqui tudo bem. Deixo de ficar interessada quando essa organização reclama para si o crédito de ganhar eleições, eleger presidentes, convencer o mundo que há armas de destruição em massa no Iraque ou laçar boatos sobre Roswell para esconder um acidente qualquer de que já não me lembro bem. É verdade que há organizações com este tipo de poder? Não tenho a menor dúvida, a política e a vida como a conhecemos é um teatro mas dispenso insinuações de conspirações num livro de ficção. Sei lá, parece-me um truque barato para conquistar leitores.

A ação passa-se em Florença, Veneza e Istambul, três cidades extremamente bonitas, cheias de História e de Arte, como já é hábito em Dan Brown. Desta vez, para salvar o mundo, Langdon tem que resolver um mistério deixado por um cientista suicida. "O que estamos dispostos a sacrificar para salvar a humanidade?" é a pergunta que os protagonistas nos (e se) poem ao longo do livro. 
Neste tipo de livro falar muito sobre o enredo é revelar demais pelo que não vou explorar muito mais. 

Como é óbvio não gostei do livro e arrumei com o Dan Brown. Não tenho intenção de perder o meu tempo com os livros deste escritor...

28
Mai09

Anjos e Demónios- Dan Brown

Patrícia

Andei a (re)ler este livro para, claro, ir ver o filme. Como já o tinha lido há bastante tempo já não me recordava da história com todos os pormenores.
Dan Brown não é, de todo, um escritor de que goste muito. Li todos os livros dele mas nenhum me despertou especial interesse. No entanto os livros dele são leves, não exigem especial atenção, nem concentração, pelo que são ideais para ler nos transportes públicos, na praia, numa esplanada à beira-bar.
Mas este "Anjos e Demónios" é interessante q.b! Os protagonistas são Robert Langton e Vittoria Vetra, o palco é o Vaticano, o tema a crise no seio da Igreja Católica a e luta entre a teologia tradicional e a ciência.
A morte de um papa, que não pode ser autopsiado, a morte de um cientista que também é padre, e cuja fé o leva a cientificamente tentar provar a existência de Deus e a criação do Universo.
Robert, simbologista, é chamado ao CERN, para tentar perceber a morte do Padre/Cientista. De lá vai para o Vaticano, na companhia da filha adoptiva do padre, Vittoria, para tentar encontrar a anti-matéria roubada e evitar o aniquilamento da cidade do Vaticano. Depois a acção é vertiginosa. Seguindo as pistas do antigo caminho dos Illuninati, passando pelos arquivos secretos do Vaticano, na noite do conclave para eleger o novo Papa, tentam encontrar os 4 preferetti desaparecidos.
Uma crise de fé assola o mundo e esta ameaça pode acabar de vez com a Igreja Católica. Serão os Illuminati os carrascos? Ou conseguirá a Igreja, mais uma vez, ganhar a batalha?

Apesar de tudo este livro levanta algumas questões interessantes. Estando a igreja católica em plena crise (e dificilmente de lá sairá) é bastante actual a questão que se põe sobre a necessidade de evolução da igreja. Deverá a Igreja católica evoluir no sentido imposto pela ciência actual ou manter-se fiel a uma tradição para muitos obsoleta? Será a necessidade de "ter fé" o suficiente para garantir a continuidade desta igreja? Para muitos a incompatibilidade entre religião e ciência é incontornável, para outros é uma união perfeita. A união que permite respostas coerentes, lógicas, científicas e, ao mesmo tempo, mantendo aquela fé que nos permite ter esperança e que é o garante de vida para tantos.
Este livro permite várias interpretações. Podemos vê-lo como uma "prova" da corrupção do Vaticano, da podridão existente nas altas instancias da igreja, ou como um rasgo de esperança da junção da igreja/ciência. Cada um o verá da forma que entender. E essa é, sem dúvida, uma das mais-valias deste livro.

Pessoalmente gostava que a trama tivesse explorado um pouco mais os "arquivos secretos" do Vaticano. Mas isso já é a minha atracção pelas bibliotecas....

Agora é esperar mais uns dias e ir ver o filme!

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