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Ler por aí

Ler por aí

22
Nov21

Gente Feita de Terra, de Carla M. Soares

Patrícia

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Para não olhar o futuro, ou talvez porque o passado, mesmo que não o seu, também faça parte do seu presente, Mena procura contar a história dos seus pais, e a sua também, no regresso forçado de África, esse retorno que se tornou insulto e marca.

Em capítulos alternados vamos conhecendo duas mulheres, mãe e filha, Brígida e Mena, diferentes e iguais. Conhecemos as suas histórias, as suas dúvidas, as escolhas que são obrigadas a fazer, os erros que cometem, as vitórias.

Este livro, apesar da sua componente histórica, é muito mais um romance sobre gente, sobre escolhas e erros, sobre aquilo que perdemos de forma mais ou menos voluntária, sobre mudanças e crescimento do que um romance histórico. 

Imagino que, de uma forma ou de outra, todos os seus livros terão uma componente pessoal e, mesmo sem escrever sobre si e a sua própria família, acredito que este livro terá bastante da Carla. Não pela história do retorno mas sim pela personalidade daquelas mulheres, pelas emoções que transparecem nestas páginas.

Já li outros livros da Carla e este é, sem dúvida, o meu preferido. 

07
Jul18

Limões na Madrugada, de Carla M. Soares

Patrícia

cp_limoes.jpg

Limões na madrugada, o último livro da Carla M. Soares estava na minha estante (e para vos dizer a verdade, no meu Kobo, que tenho tanto a cópia física como a electrónica) à espera de ser lido desde o dia do seu lançamento. 

A primeira coisa que tenho a dizer-vos é que este não é o livro de que estava à espera. 

Da Carla li o Alma Rebelde e já ouvi falar muito sobre os outros livros publicados. O Ano da Dançarina é um dos que está na minha lista, hei-de lê-lo um dia destes. Depois de livros com uma enorme componente histórica e de livros com uma enorme componente fantástica (não é, Carla?) não estava de todo à espera desta história. 

E a minha grande crítica a este livro é mesmo a capa. Que não tem nada a ver com a história. 

Eu até compreendo que a capa está na linha dos outros livros da escritora mas este não é "mais do mesmo". Pode ser melhor ou pior, conforme os gostos e opiniões dos leitores mas é, acima de tudo, diferente. E a capa é completamente enganadora. Não gosto e depois de ter lido o livro senti-me enganada (caí até na asneira de o dar a ler a quem não devia - mas aqui, mea culpa, que não devia oferecer livros que não li).

Por outro lado, ainda bem... Porque eu gostei bastante deste livro. Surpreendi-me mas rapidamente fiquei interessada na história e nos personagens.

Há várias histórias a ser contadas nestas páginas e a Carla fez um bom trabalho, é fácil não perder o fio à meada e continuamos interessados em acompanhar tudo. 

Num livro que não é muito grande e que se lê, aparentemente, de forma muito rápida e simples, a escritora apresenta-nos a Adriana, uma jovem mulher que, como todos nós, é, não só o somatório do que já viveu mas alguém complexo, influenciado e moldado pelo que os outros viveram. 

Como leitora, como alguém que gosta de passar tempo com os personagens que conhece, gostava de ter lido mais sobre a Cloe e o Javier e interessa-me a história da tia da Adriana mas a verdade é que o livro não necessita disso. Assim como está mostra-nos as várias facetas do amor. Desde a luxúria do sexo à serenidade da amizade ou à obrigatoriedade do amor familiar. Em cada página a Carla obriga-nos a parar para pensar e reflectir. Às vezes apetece-nos esbofetear a protagonista, outras sofremos com ela. 

Acho que já perceberam que não vou falar da história em si. Se quiserem conhecê-la leiam o livro. Não vos quero estragar a surpresa nem a leitura.

24
Nov17

Limões e livros

Patrícia

Ando há demasiado tempo, por razões pessoais e profissionais, arredada dos eventos literários. Falhei, com grande tristeza minha, todos os festivais de literatura dos últimos meses. Mas hoje começo a "vingar-me". Vou regressar, em grande, aos eventos, às apresentações e às leituras (até isso ficou numa espécie de limbo nos últimos meses).

Ir a uma apresentação de um livro é sempre interessante mas é ainda melhor quando conhecemos a escritora. A Carla (e os seus livros) foram uma das coisas boas que este blog me trouxe. Comecei por acompanhar o seu monster blues, li alguns dos livros e, porque temos algumas paixões - a gata dela é linda, linda - e causas em comum, volta e meia vamos conversando, trocando impressões por essas redes sociais...

Hoje é dia de a ir apoiar e comprar o seu "Limões na madrugada". Para ajudar à festa, alguns excertos vão ser livros pela divertidíssima Ana Saragoça

É hoje, na Fnac do Oeiras Parque, às 19h. Vamos lá?

 

Limões.jpg

 

 

04
Abr17

O Ano da Dançarina, de Carla M. Soares*

Patrícia

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Diz que amanhã está à venda, este O Ano da Dançarina, da Carla, uma escritora que já conquistou o seu lugar nas estantes e livrarias deste país.

Este ainda não é O livro da Carla que espero (ainda não perdi a esperança, Carla, de ver o Mão na rua) mas é sem dúvida uma óptima forma de ficar a conhecer melhor o Portugal de 1918 (e de passar umas boas horas).

Ide ao facebook da escritora que por lá ela explica como podem ganhar um exemplar deste livro que estará à venda amanhã, dia 05 de Abril.

 

*e não, nem a Carla nem ninguém me encomendou a divulgação. Como todas as que aparecem por aqui, são de minha livre e espontânea responsabilidade.

 

07
Jul15

Desassossego da Liberdade

Patrícia


A Sofia tevea certeza que havia por aí quem fosse “…umlivro em branco que, afinal, se encontrava cheio de histórias” e vencendoobstáculos (leiam nas palavras dela), conseguiu trazer-nos este livro cheio deliberdade. Tanta gente diferente que se juntou para sonhar este livro queconseguiu proporcionar-me bons momentos.

Também paramim é difícil falar destes contos, conheço-lhes a voz e os sorrisos e opinarapenas pelas palavras torna-se redutor e impossível.

Não vos digoque gostei de igual forma de todos os contos mas gostei de muitos, quase todos.E alguns vou reler muitas vezes, vou deixar-me desassossegar vezes sem conta,num “somatório de pequenos instantes que,de tão pequenos, se parecem o mesmo”.

Claro quesinto um carinho muito especial, um orgulho imenso ao ler as páginas do “Tempovazio” da Márcia. É sempre bom ver sonhos tornados realidade, é sempre bom vero orgulho e a coragem estampados na face de uma amiga. E dá vontade dizer queum dia hei-de procurar entre os meus livros, revirar e desarrumar tudo. E vê-lo-eiaparecer. O teu livro. Com o teu nome da capa.

A todos, semexceção, os meus Parabéns. Sinceramente, gostei J
27
Set12

A Grande Mão, de Carla M. Soares

Patrícia
A Carla M. Soares, do blog Monsters Bues, disponibilizou (temporariamente) no seu blog, o ebook A Grande Mão e eu, sem grande tempo nem cabeça para leituras mais complexas, estive a lê-lo.

Não sabia o que me esperava e não tinha qualquer expectativa (ainda não li o livro dela, Alma Rebelde). 

O livro, de fantasia e aventuras, conta-nos a história de um rapaz, o Nolan, que é especial. Desde início se percebe que a sua relação com a natureza é diferente.       Temos também uma guerreira e o seu fiel companheiro. Quando os três se juntam são capazes de tudo... especialmente quando o dom de Nolan se intromete e os torna capazes de mudar o destino. Afinal o destino tem que se adaptar às escolhas de cada um deles. 
A história é interessante, o dom do Nolan é bastante bem conseguido (a mim encantou-me), a sua empatia com o Tinta dá um toque especial ao livro (tenho um fraquinho por cavalos) e a sua ligação com Eirina dá-lhe uma dimensão mais humana, aproxima-o do leitor. 

Confesso que ao longo do livro me interroguei qual seria o público-alvo deste livro. Posso, sem dúvida alguma, incluí-lo no género YA. Mas, a história no geral parece-me mais indicada para um público mais jovem. Mas no particular nem por isso. E este é o pior que tenho a dizer deste livro. Há cenas um pouco violentas demais, gráficas demais para miúdos. Não são muitas, mas há. Não é um livro que conta uma história feliz. Há algumas situações tensas e muitas mortes, demasiadas. E nem todas são absolutamente justificáveis (e se estamos à espera disso da parte dos vilões, não o estamos da parte dos heróis).
Quero com isto dizer que acho que com algumas partes um pouco mais suaves é um livro capaz de entusiasmar alguns miúdos. Sei que eu teria, na minha adolescência, gostado bastante (O Tinta e o dom do Nolan garantiam isso)... mas enquanto adulta acho que há cenas demasiado fortes para que o ache adequado para essa faixa etária.

Resumindo: Acho que a Carla está de parabéns, obrigada por nos teres dado a oportunidade de ler. Se um dia ela escrever a continuação desta história vou fazer questão de a ler. 

(* foto descaradamente roubada do blog da autora )



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