19
Ago10
Samarcanda, de Amin Maalouf
Patrícia
“Uma lenda povoa os livros. Ela fala de três amigos, três persas que marcaram, cada um à sua maneira, os primórdios do nosso milénio: Omar Khayyam, que observou o mundo, Nizam-el-Molk, que o governou, Hassan Sabbah que o aterrorizou.”
Esta é talvez a frase que melhor explica a primeira parte deste livro. “Samarcanda” divide-se em duas partes. Na primeira conhecemos Omar Khayyam, Nizam-el-molk, Hassan Sabbah e outros personagens que com eles se cruzam.
Na segunda parte do livro Benjamim O. Lesage conta-nos a sua história em busca do manuscrito escrito por Omar Khayyam.
Este livro foi-me aconselhado pela Andorinha (obrigada :) ) e foi sem dúvida um dos melhores que li nos últimos tempos. É bastante fácil de ler, apesar de não utilizar uma linguagem corrente e obrigar algumas idas ao dicionário (pelo menos a mim obrigou). Mas mesmo assim li-o num estantinho e gostei imenso. E aprendi. E fiquei com curiosidade para ler mais sobre a Pérsia e descobrir o que é verdadeiro e o que é falso.
Não vou falar mais sobre a história pois seria um resumo enorme e sempre muito incompleto. É um livro para ser lido e apreciado.
Deixo um paragrafo que retive e que, mais do que ser um excerto demonstrativo da história (que não é) me marcou e me fez pensar “é mesmo isto!”
“ Os viajantes andam demasiado apressados nos nossos dias, impacientes de chegar, de chegar a todo o custo, mas não é só ao fim do caminho que se chega. A cada etapa chegamos a algum lado, a cada passo podemos descobrir uma face oculta do nosso planeta, basta olhar, desejar, acreditar, amar”