14
Mar12
Era digital
Patrícia
É hoje notícia que que a Encyclopaedia Britannica vai abandonar a edição impressa ao fim de 244 anos de edições digitais.
Fiquei triste com a notícia. Sou completamente a favor das edições online, que utilizo amiúde e que dão imenso jeito quer pela rapidez de utilização, quer pela "leveza" e mobilidade. Mas acabar com as edições impressas?
Acredito que pelo menos meia dúzia de cópias seja impressa, não vá o diabo tecê-las, mas não vão estar acessiveis nas bibliotecas públicas e pessoais o que é uma perda demasiado grande.
Sou completamente a favor de ebooks (ando há algum tempo a pensar comprar um leitor de livros digital) e vejo as inúmeras vantagens que irão trazer mas não consigo ser a favor de se acabar com as edições em papel. E não é por uma questão de ser contra a mudança ou evolução mas sim por uma questão de preservação do nosso património cultural.
Não tenho paranóias nem sou do género de achar que o mundo vai acabar mas não me parece muito sensato reformar as impressoras. A era digital chegou para ficar mas não sabemos qual será o futuro em termos de arquivos. E se por um lado concordo com a digitalização (para memória futura) do património histórico e cultural concordo também com o contrário: a preservação em papel desse mesmo património é tão ou mais importante que o contrário.
E se acho que há livros que se se perderem para sempre (heresia, eu sei) não há mal nenhum a vir ao mundo, outros há que são tesouros a ser preservados. A lingua de um país está precisamente nesse grupo.