Words of Radiance, de Brandon Sanderson
Algumas respostas, muitas perguntas. Algumas respostas a perguntas que nem sequer sabíamos que existiam.
Para quem já leu o The way of Kings só tenho uma coisa a dizer: You know nothing…
A imaginação do autor não tem limites, é impressionante como neste segundo volume da saga épica temos a noção de que ainda estamos na parte de caracterização de personagens e de construção do mundo. (para quem leu o The way of kings: achavam que esta parte já tinha passado e que agora ia começar a coisa a sério, não era? Pois, também eu).
Uma vez mais não vou dar 5 estrelas a este volume e ao contrário do primeiro não ponho a hipótese de o fazer. Não por não ter gostado, que gostei. Muito. Mas porque este é um livro de transição. A genialidade da construção do mundo está no primeiro volume (apesar de algumas coisas muitooo importantes só se perceberem no final deste), a maioria dos personagens foram caracterizadas no primeiro volume (Kaladin, Dalinar, Shallan, Syl, Adolin) e aqui “apenas” desenvolvidas. Das novas personagens só se tem um “cheirinho” (como não amar a Lift, aquela pirralha maravilhosa, que acredita ter capturado um voidbringer e que tanto nos faz recordar a Vin? Ou como não esperar grandes coisas da Eshonai?).
E as batalhas são memoráveis, sim. Aquela luta entre o Kaladin e o Seth, em que passamos o tempo todo a desejar que nenhum seja magoado a sério. E os duelos do Adolin? Muito bons.
Regressar ao passado com a Shallan, ver crescer uma personagem como ela, é muito bom. Aliás, este formato, em que cada livro é mais focado numa personagem, mostrando-nos os porquê e os como é exemplificativo do “show, not tell” do autor. E apesar deste “truque” não ser novidade, é muito bem explorado por Brandon Sanderson. Afinal o presente mais não é do que a consequência do passado e é isso que o escritor nos passa grande parte do tempo a mostrar: o passado.
E por falar na Shallan, devo dizer-vos que adoro o Pattern.
***alerta de mini-spoiler***
E, a todos os que leram o The Way of King e se apaixonaram pelo Kal, devo dizer-vos que passei grande parte deste livro com vontade de lhe bater. Com muita força. Homem irritante e burro que não aprende. A quantidade de asneiras que aquele homem faz ao longo destas páginas é impressionante. Tantas vezes que disse “A sério Kaladin? A SÉRIO???”
Acho, sinceramente, esta uma grande saga de fantasia. Do género que eu gosto.
Depois do penúltimo “Como???” (eu digo muitos “como?”, “ãh?”, “não…” - e outras coisas que não posso escrever aqui- enquanto estou a ler estes livros) de The Way of Kings comprei o ebook do segundo volume de Stormlight archives. Assim que acabei de ler um livro de 1283 páginas, comecei a ler um de 1093. Infelizmente vou ter muito que esperar pelos restantes volumes (o escritor vai a 78% do Stormlight 3).
Entretanto, enquanto espero que saia a continuação, vou querer ouvir os audiobooks, que parece que são muito bons.