Curtas #3 (2016): Censura e Livros proibidos
O caso dos cinco livreiros desaparecidos (parece mesmo um título de um livros da tia Agatha Christie) não faz correr tanta tinta como deveria. A censura não é, infelizmente, novidade no mundo atual mas nós, que vivemos em democracia, esquecemo-nos disso tantas vezes e encolhemos os ombros como se morrer por palavras fosse algo definitivamente do passado.
Eu cresci com a minha mãe (antiga professora primária) a contar-me como foi proibida de ler o "Bichos" de Miguel Torga ou de o dar a ler aos seus alunos. Foi há pouco mais de 40 anos. Felizmente o nosso país mudou e não há livros proibidos. Mas em boa parte mundo (e basta pensarmos no que se passou com o livro Diamantes de Sangue, do jornalista Rafael Marques, que chegou a ser oferecido pela Editora TInta da China ou no facto de jovens terem sido presos em Angola por estarem reunidos a ler um livro) a realidade é diferente.
Acho que é responsabilidade de todos denunciar (e lutar contra) estas situações. Enfiar a cabeça na areia não é, de todo, a solução.
Por isso a minha sugestão de hoje um livro que fala de livros proibidos (e que espero ler este ano): Fahrenheit 451, de Ray Bradbury