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Ler por aí

Ler por aí

28
Fev13

No Muro, de David Soares

Patrícia


Gostei do conto do David Soares que foi publicano nabiblioteca digital do DN. Chama-se "No Muro" e fala-nos de livros, tema por quetenho especial carinho.
Não é um estória feliz mas eu gostei.
Claro que me sinto sempre burra quando leio David Soares.Num mero conto de 3 páginas (nem isso) fui ver o significado de 8 palavras(sim, 8, sou uma inculta). Por curiosidade digo-vos que nem todas constam do Priberam.Não me surpreendeu ter tido que consultar o dicionário várias vezes – foi umaconstante enquanto lia o “Evangelho do enforcado”- mas acho que num contodivulgado num jornal o escritor poderia ter simplificado (e se calhar até ofez). Se há certamente muita gente que não teve qualquer dúvida ao ler o conto,outra há que as tiveram e esses (provavelmente) não terão grande vontade depegar nos romances do escritor – e vão perder imenso porque vale mesmo a penaler David Soares.
28
Fev13

Uma hora do almoço produtiva

Patrícia
Tive que dar um saltinho à FNAC durante a hora do almoço edescobri que quem tem cartão FNAC tem hoje 20% de desconto nos livros (e quemnão tem cartão tem 10%). Como fiz aninhos há pouco tempo até tinha na carteiraum cheque para gastar pelo que saí de lá com um sorriso e nenhum peso na consciência.
Apesar de estar a ler o “A vida de Pi” (estou a adorar, jáagora) ando com vontade de ler um bom policial e após um extenso estudo demercado (aka, pedir opinião à Cati) trouxe este do Jo Nesbo. Como ando semprede olho nos livros de bolso trouxe comigo mais um da Rosa Lobato de Faria(hei-te ter todos) e um da Anne Bishop que deve ser um conto porreiro para lernuma tarde no café…
27
Fev13

As paixões antigas 6: Marcas na memória

Patrícia

Li imenso ao longo dos meus 34 anos.  E há inúmeros livros que nunca comentei nesteblog. Por isso, numa espécie de “registo para memória futura” vou, lentamente,começar a escrever um pouco sobre esses livros. Aqueles que, de alguma forma,deixaram uma marca.
Há um livro que ando há semanas com vontade de reler. Cada vez que olho para a minha estante o livro“Da parte da Princesa morta” de Kenizé Mourad destaca-se. Este foi um livro compradoatravés da revista do “Circulo dos leitores”, provavelmente pelo título. Achoeste um dos títulos mais felizes que já encontrei. E a verdade é que tem mesmo a ver com o livro, coisa que nãoacontece sempre (assim de repente lembro-me do “O teu rosto será o último”,título maravilhoso mas com pouca ligação à história).
Este “Da parte da Princesa morta” conta-nos a história deSelma, uma menina que pertence à família imperial do império Otomano. Selma, apequena sultana, tem a vida perfeita. Até que o império se desmorona. Selma éobrigada a exilar-se (no Líbano) com a mãe e começar a viver (quase) como umapessoa normal, fardo pesado para uma ex-princesa. Mas o sangue real ainda contae um casamento de conveniência com um rajá Indiano é o passo seguinte natrágica história da princesa.
Este é um livro que concilia de uma forma muito interessantea história real de uma mulher muito interessante com factos históricos. É talvezum dos mais literais “romances Históricos”. Desde a queda do império Otomanoaté à Paris da segunda Guerra mundial, passando pela India independente, pelonascimento do Paquistão, com enfoque especial na vida das mulheres nessespaíses.
Baseado numa história real escrita com muita imaginação pelafilha da “princesa morta”.

A sequela deste livro “Um jardim em Badalpur” conta-nos ahistória de própria Kenizé e falar deste livro é desvendar por completo ahistória do “Da parte da princesa morta”, coisa que não vou de forma nenhumafazer. Digo apenas que, ao contrário do primeiro, este me deixou um saboramargo na memória. Não posso dizer que não gostei, porque gostei, está bemescrito mas sinceramente gostaria de ter ficado com a sensação boa do primeirolivro. Do primeiro fica uma curiosidade boa, sobre o futuro de Kenizé e dosrestantes protagonistas. Mas é como “a curiosidade que matou o gato” e acaboupor me deixar uma certa tristeza.
Exceptuando um salto ao Goodreads, onde vi com alegria que este livro tem uma cotação de 4.10 fruto dos poucos votos que teve, e uma busca pela imagem dos livros, tudo o que consta neste post é baseado na minha memória. Li estes livros há uns 15 anos e o natural é que a opinião que tenho deles tenha, com o tempo, crescido. Provavelmente hoje gostaria um pouco menos do "Da parte da princesa morta" e um pouco mais de "Um jardim em Badalpur".
 
26
Fev13

Curtas 40: Clubes de leitura

Patrícia
Nunca ultrapassei a vontade de participar num clube de leitura que se entranhou em mim durante as inúmeras horas que passei a ver e a rever o filme "O clube dos poetas mortos". Tenho pena que não haja mais clubes de leitura, oportunidades para falar sobre livros e leituras, aprender sobre literatura e ouvir opiniões dos outros.
Até tenho a sorte de participar em tertúlias onde já conheci vários escritores. Mas isso não é um clube de leitura, lá não há a cumplicidade que imagino. Este blog e a interação que através dele tenho com pessoas que gostam de ler é o mais próximo disso que consigo ter, por isso aguentem-se: vocês são os participantes involuntários do meu clube de leitura (e já agora muito obrigada a todos).
21
Fev13

AqGdL_2*: A escolha de um livro

Patrícia
Continuando na saga dos meus amigos que gostam de ler, hoje trago-vos um texto de uma das minhas favoritas "bookfriends". A Catarina é alguém com quem gosto de trocar opiniões e, na maioria dos casos, temos opiniões parecidas (vamos esquecer o "O amor é fodido" do Miguel Esteves Cardoso, ok, Cati?) e é a primeira pessoa a quem peço sugestões de livros.
Pedi-lhe que escrevesse sobre um livro, o primeiro, o melhor, o pior... e o texto, cheio de boas sugestões que me enviou foi este
(Obrigada :) )
 
"Quando a minha amiga blogger booklover  me pediu paraescrever - um post com uma opinião sobre um livro - o meu primeiro pensamentofoi: não sei escrever duas frases seguidas de jeito nem para salvar a minhaalma, depois pensei: Ok ... é só um texto, não vai ser proposto para nobel daliteratura por isso, cá vai disto. Mas quando, efectivamente, me sentei paraescrever - um post com uma opinião sobre um livro –  o que me passou p’lacabeça foi: oh caraças ... e agora?
Sobre um livro?  UM livro? Qual deles? Como é queescolho qual O livro? O primeiro livro de “Os Cinco” que li e que me fez quererter a minha própria ilha como a família Kirrin?  “O Perfume” que me fezsentir todos os cheiros ali descritos, inclusive o cheiro a peixe podre? “AsPontes de Madison County” que li numa noite agarrada a uma caixa delenços?  “Os contos de Eva Luna” que me fez ler todos os livros da IsabelAllende sem sequer espreitar a sinopse de nenhum. Os livros da Pearl S. Buck dacolecção de capa amarela, da minha mãe, que me fizeram adorar livros sobre ooriente? O livro “3 Chávenas de Chá” que me fez acreditar que uma única pessoapodia mudar o mundo a construir escolas, para depois vir a descobrir que afinalera tudo mentira, e foi como um amigo me tivesse traído. “O Crime no Expressodo Oriente” e todos os restantes livros da tia Agatha que me fizeram, aindahoje, ter um livro policial na minha mesa de cabeceira para o intervalo naleitura dos outros livros. “As Intermitências da Morte” o primeiro livro que lido Sr. Saramago, já o homem tinha falecido, que me mostrou um sentido de humorque me surpreendeu completamente...
E agora olho para a minha mini biblioteca e vejo outrostantos amigos que me acompanham desde que me lembro de saber ler e outros maisrecentes e não me consigo decidir por um. Por isso, amiga bloggerbooklover, peço desculpa por não ter escrito o post que me pediste, e prometodar-te a minha opinião quando me disseres qual o livro!"
20
Fev13

A catedral do Mar, de Ildefonso Falcones

Patrícia

Este é mais um romance histórico que me deu imenso prazer ler. As expectativas eram altas, coisa de que gosto cada vez menos, pois este livro foi-me recomendado por pessoas cuja opinião geralmente coincide com a minha.
Gostei da estória e gosto da História do livro. Gostei dos personagens, gostei do facto de não serem perfeitos. Gostei da História da Barcelona medieval do séc XIV. Aprendi imenso.
Para quem já lei os "Pilares da terra" de Ken Follet é inevitável fazer um paralelismo entre esse e este livro. A construção de uma catedral como pano de fundo e algumas cenas aproxima-os. Mas a estória em si afasta-os. Já li os "Pilares da terra" há muitos anos mas parece-me que este livro de Ildefonso Falcones é mais ingénuo que, embora o afaste um pouco mais da realidade, a mim não me incomodou nadinha. 
Ao longo do livro é-nos contada a vida de Arnau Estanyol, uma força da natureza ou não tenha ele sido Bastaix parte da vida. Arnau cresce à medida que também cresce a Catedral do Mar (e das vezes que fui a Barcelona não visitei esta catedral, mas da próxima vez não me escapa) e juntamente, com uma fé inabalável, carrega em si marcas do tempo em que viveu, da sorte que teve, das consequências dos seus actos - para o bem e para o mal. Gostaria que algumas personagens tivessem tido um protagonismo maior. Francesca e Mar, por exemplo. 
A fé é uma constante ao longo de todo o livro. Foi a fé do povo que fez com que aquela igreja fosse erguida. Os sacrifícios e esforços por causa da Fé estão aqui expostos em pé de igualdade com as atrocidades cometidas em nome dessa mesma fé. A forma como algo puro é conspurcado pelo Homem e como o mal que advém se torna mais marcante e memorável faz-me pensar. 
Aliás todo este livro fez-me pensar. A dualidade de critérios, a injustiça,  a mania de superioridade de alguns, a hipocrisia que, de alguma forma, consigo compreender no Séc. XIV ainda está presente no Séc XXI.
Já conhecia alguns dos usos da época (como o do senhor ter direito a violar a noiva de um servo) mas outros eram-me desconhecidos: o Usatge si quis virginem, que dava o direito a um violador a simplesmente casar com a vitima e, voilá, ficar impune; a pena aplicada a Joana, mãe de Joan, por adultério, a cidadania dada a quem permanecesse em Barcelona por um ano inteiro.  Por outro lado adorei conhecer a Host de Barcelona e o via fora que convocava o povo em defesa de um cidadão.
A Inquisição inevitavelmente marca presença neste livro e na vida de Arnau. Não é um tema muito explorado mas é incontornável num livro que retrate esta época.

Para quem gosta de história vale bem a pena ler este livro (que também existe em livro de bolso), essa componente está bastante desenvolvida mas para quem gosta de uma estória bem contada este também é o livro certo. 




06
Fev13

Curtas 38 : E-books: Sim ou não?

Patrícia

(Questão da Nádia do http://eu-e-o-bam.blogspot.pt/ )

Sim, claro. Apesar de não ter nenhume-reader. Ando a colecionar e-books (os que vão saindo gratuitos nas revistas)para quando for de viagem. Nunca mais vou ter falta de livros fora de casa - aconteceu-me  na última viagem de trabalho que tive, acabeio livro que tinha levado ainda no primeiro dia e, por mais estranho que pareça,é muito difícil encontrar uma livraria em Toronto (pelo menos na zona da cidadeonde estava) pelo que o que me safou foi um amigo que me emprestou um dos várioslivros que tinha levado.
Sei que nunca vou deixar de ler e comprarlivros em papel. Serão sempre a minha primeira escolha, mas um livro é umlivro, seja em papiro, papel ou digital e eu não sou esquisita. Livros vsebooks, é uma questão que nem sequer é uma questão. Ambos têm vantagens edesvantagens e ambos têm o seu lugar na casa e no coração de um book lover.
Acho, no entanto, que os e-books são caríssimoscá em Portugal. Pelo que eu tenho visto um e-book de um livro recente estácerca de 3 euros mais barato que um livro. A minha questão é: os custos deimpressão e distribuição de um livro são só 3 euros ou as editoras optaram poraumentar as margens de lucro?
05
Fev13

descobrir novos blogs (liebster award)

Patrícia
Andapor aí a circular mais uma corrente, com o intuito de divulgar blogs e dar aconhecer os bloggers. Considero no entanto que estas correntes têm o efeitocontrário do esperado. Alguém lê efectivamente os posts que são escritos comimensas perguntas e respostas? Não me parece (eu sei que não tenho tempo nempaciência para mais do que uma olhadela transversal.) Por isso não vou cumpriras regras deste. Vou fazer as coisas de uma forma diferente. Vou responder àsquestões que as meninas que me passaram o selo inventaram, mas em forma decurtas e ao longo do tempo. Tenho a certeza que vai ser mais agradável e atépode proporcionar discussões interessantes.

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