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Ler por aí

Ler por aí

31
Mar11

Booking Through Thursday, 31mar

Patrícia
If you’re like me, you grew up reading everything under the sun, like the cereal boxes while you ate your breakfast, the newspapers held by strangers on the subway, the tabloid headlines at the grocery store.

What’s the oddest thing you’ve ever read? (You know, something NOT a book, magazine, short story, poem or article.)


Não será algo muito estranho mas sem dúvida que a coisa mais interessante que já li foram cartas escritas pela minha avó.
Cartas de amor trocadas com um "namorado" ao longo de três anos. Porque não foi autorizada a casar com ele casou com outro, o meu avô. Mas aquele amor foi grande e ele, romântico, passou para um caderno todas as cartas e telegramas que trocaram (entre 1917 e 1920) que lhe ofereceu.
28
Mar11

O homem que sonhava ser Hitler, de Tiago Rebelo

Patrícia
Sinopse

No pátio das traseiras de um prédio de um pacífico bairro de Lisboa, uma criança é atacada por três homens e deixada em coma. Ao investigar o que inicialmente se supõe ser um mero acto de cobardia de um grupo de cabeças-rapadas que resultou em tragédia, as autoridades vão descobrir uma gigantesca conspiração que prova que, nunca como hoje, a democracia e o estado de direito estiveram tão ameaçados em Portugal. Neste surpreendente romance, Tiago Rebelo abre-nos a porta dos fundos do lado mais obscuro da política nacional dos nossos dias, onde nada é o que parece ser e onde se desenrolam acontecimentos extraordinários que colocam em perigo toda a sociedade, sem que esta se aperceba do que está realmente a acontecer. O inspector-chefe, António Gaspar, da Polícia Judiciária, leva a cabo uma investigação, que, a cada passo, ameaça a sua vida e a da mulher que ama,a ex-namorada que ele procura recuperar no desvario dos dias perigosos que põem em risco a nação.



Este foi o primeiro livro do Tiago Rebelo que li. Não sendo um livro espectacular gostei bastante. Lê-se bem, tem uma escrita acessível (talvez até demais) e o tema e a forma como é abordado é do género de nos prender à leitura. Acho sempre que um livro policial, desde que não seja completamente absurdo, tem essa capacidade.
Ora ler sobre um crime perpetuado por um grupo de extrema-direita é sempre algo que nos desperta o interesse e o nosso lado social e anti-extremismo que (quase) todos nós temos. Apesar disso acho que o escritor podia ter escrito aquela mesma história sem evidenciar tanto a pura loucura do líder do partido em questão. Convenhamos que um líder de extrema-direita (ou de qualquer outra ideologia politica) louco é perigoso e pode provocar o caos. Mas um líder de extrema-direita (ou de qualquer outra ideologia extremista) não louco pode ser muito mais perigoso e provocar consequências a médio/ longo prazo muito mais importantes. Algumas personagens do livro estão muito bem construídas. A pura maldade de alguns personagens chega a assustar, principalmente porque ela é entrelaçada com dúvidas e atitudes humanas e razoavelmente sãs o que não faz delas puras caricaturas do mal mas algo muito mais assustador: gente com maldade pura, gente que provavelmente existe por aí, no meio da sociedade.

Não pude deixar de me questionar o que naquele livro é real e o que é pura ficção.
24
Mar11

Booking Through Thursday, 24Mar

Patrícia
Series? Or Stand-alone books?



Tanto faz. As séries de livros são óptimas porque nos permitem ter (quase) sempre mais um livro para ler. E é optimo reencontrar velhos amigos. Mas nem tudo são vantagens e esta mania de dividir livros em dois irrita-me imenso (As crónicas de Gelo e Fogo, As brumas de Avalon e Os pilares da terra são apenas alguns exemplos). A falta de garantia de que o resto das séries serão publicadas é outro  cposa de que não gosto (ainda bem que li a trilogia da Trudi Canavan no original... Por cá não há sinais do segundo volume). Por tudo isto, quando descobri que as crónicas de gelo e fogo terão 14 volumes parei de ler (pena é que só tenha sido após o volume 7) e só lhes tornarei a pegar quando estiverem escritos e publicados por cá.
18
Mar11

O Filósofo e o Lobo, de Mark Rowlands

Patrícia

No dia em que Mark Rowlands comprou um lobo, teve a sua primeira grande lição sobre a espécie: os lobos não gostam de ficar sozinhos. Ao regressar a casa, encontrou-a completamente destruída: dos forros do sofá, às tubagens do ar condicionado, nada restava inteiro.
Naquele dia, Mark fez um pacto com Brenin: nunca mais o abandonaria. Começava assim a estranha amizade de um professor de filosofia, misógino e alcoólico, e o seu imponente lobo de 70 quilos. Não mais se separaram. Iam juntos para todo o lado: os jogos de râguebi, as festas na universidade, e até às aulas - onde Brenin ocasionalmente uivava, ao ouvir dissertações chatas sobre filósofos herméticos.
O Filósofo e o Lobo é a história real de uma relação de doze anos entre um homem e um lobo. É um ensaio sobre o que nos separa (e aproxima) dos animais, um tratado sobre a lealdade, o companheirismo e o amor. Mas é também, acima de tudo, uma narrativa comovedora, pungente, sobre o que significa ser-se humano - e sobre o que podemos aprender com os lobos.

Um dos livros que mais gostei de ler nos últimos tempos. Era mesmo disto que estava a precisar. Um livro diferente, de filosofia, que me fez pensar, reflectir, aprender e rir. Ri muito.
Quem está à espera de um livro do género “Marley e eu” pode esquecer. Não tem nada a ver. Não é fácil de ler, não “bonito”, não é divertido no mesmo sentido.
Mark compra um lobo e sobre as consequências disso. No livro há algumas partes onde Mark conta algumas peripécias e são muito divertidas. Mas o livro não é isso. De todo. O livro é uma reflexão sobre a vida, sobre o ser humano e o seu melhor e pior, sobre a relação entre nós e os lobos, o que nos afasta e o que nos aproxima deles. É um livro sobre a amizade, sobre o amor, sobre a lealdade, sobre a morte e a religião.
Apesar de tudo é bastante fácil de ler pois o autor conjuga bem a parte mais filosófica com a mais “prática”.
Lembram-se do “Mundo de Sofia”? Este é ainda melhor. E tem lobos e cães e dá para chorar e rir.

15
Mar11

Booking throught thursday, 10Mar

Patrícia
btt button

Do you multi-task when you read? Do other things like stirring things on the stove, brushing your teeth, watching television, knitting, walking, et cetera?

Or is it just me, and you sit and do nothing but focus on what you’re reading? (Or, if you do both, why, when, and which do you prefer?)

Sou completamente multi-task. Leio à hora do almoço ou do jantar se estou sozinha, leio em transportes públicos (quer vá de pé, quer sentada), leio nas filas de pé (dando um "olhinho" à pessoa da frente para saber quando devo avançar). Televisão ligada não me incomoda e a música sempre me ajudou a concentrar. Leio em público, nos cafés, ou em particular, sozinha em casa. Não leio a trabalhar (por motivos óbvios) nem a fazer nada que possa ter como consequência matar-me ou matar alguém - conduzir, por exemplo - ou que meta facas - na cozinha apenas leio as receitas e às vezes os livros de receitas são interessantes e a coisa torna-se problemática... é que a leitura geralmente tem prioridade.
Sempre tive a capacidade de ter uma conversa enquanto leio. O problema é que mais tarde não me lembro da conversa e há sempre o perigo do interlocutor perceber, pelas respostas desconexas, que na verdade não o estou a ouvir e que por vezes nem sei do que se está a falar. Geralmente não me esqueço da história do livro.
Enfim, prioridades.

07
Mar11

O Anjo Branco, de José Rodrigues dos Santos

Patrícia
Há muito tempo que não me era tão difícil ler um livro.
Já li quase todos os livros de JRS e a minha opinião tem sido pior a cada livro novo (com excepção do “A ilha das Trevas”, que li há ouço tempo, mas que é o primeiro dos livros deste escritor). A qualidade decai cada vez mais até se tornar quase insuportável. Admito que este escritor é um óptimo investigador e que isso transparece nos seus livros. E essa é a parte interessante da sua escrita.
Sempre que tenta dar um cunho pessoal a alguma personagem espalha-se ao comprido. O Tomás Noronha é completamente inverosímil e só quem tem a felicidade de nunca ter conhecido ninguém com Alzheimer consegue “acreditar” na relação dele com mãe. Não sei se é desleixo ou falta de capacidade para nos transmitir a importância das coisas mas a verdade é que não me convence.
Este Anjo Branco está cheio de cenas ridículas que destroem completamente a facilidade de leitura. Sempre que estou a começar a achar uma parte do livro interessante (devido à tal parte histórica – investigação - de que falei antes) aparece uma cena baseado no “tamanho” do pirilau (estou a tentar pouco brejeira, coisa que NÃO acontece no livro) do personagem principal. Considerando que o personagem principal é baseado no pai do escritor a coisa parece-me de mau tom.
O livro tem pormenores interessantes: a ida da família Branco à grande exposição, a parte de África enfim, a ligação da parte ficcionada à realidade. Acredito que parte da vida do médico será real. Não acredito que ninguém seja assim tão bonzinho ou inocente, mas compreendo que um filho (ou um escritor relativamente a uma personagem) seja parcial.
No final o livro tornou-se um pouco mais suportável, até porque a história passa a focar-se mais na parte histórica da guerra do ultramar e no papel dos portugueses do que na relação pessoal do Dr. José Branco com as restantes personagens.
No entanto, também aqui fica a faltar muita coisa.

***Spoiler Alert--- que ainda não leu o livro não continue a ler, ok?****

Ok, o grande clímax pretende ser o massacre e a coragem do médico na denúncia. Mas, e apesar da parte do massacre ser triste, pareceu-me muito pouco explorada. A imaginação faz muito mas o livro só teria a ganhar com uma análise mais séria e completa ao que aconteceu. Pareceu-me muito leve considerando a enormidade do que aconteceu.
Seria interessante explorar o que aconteceu ao médico enquanto este à “guarda” da PIDE e dizer que o pai nunca falou sobre o assunto não chega. Então tenta vender a história do pai mas não a conhece?
Ok, eu compreendo que, perante uma situação complicada como a que aconteceu, o par de cornos que o senhor pôs à mulher perdia a importância, mas o assunto pareceu ter ficado aberto. E o final da Sheila e do Diogo?
Foi um final do género: ah e tal houve o massacre e depois aconteceu isto e isto e mais isto e já está.

Resumindo: Lê-se mas não gostei.


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