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Ler por aí

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11
Jan10

A praia da Saudade, de Francisco Salgueiro

Patrícia

Sinopse




Portugal, 1964. Salazar proibia a Coca-Cola, a censura amordaçava escritores e a PIDE prendia inocentes. Beatriz e Rodrigo apaixonam-se. Ela, de educação católica e membro da Mocidade Portuguesa Feminina. Ele, um defensor da liberdade e crítico do regime. Em plena ditadura, havia apenas uma regra no que tocava às relações: não se apaixonar pela pessoa errada.
Quarenta e cinco anos mais tarde, o neto de Rodrigo abre um cofre fechado durante décadas e encontra as cartas de amor trocadas entre os dois. Descobre a história de uma paixão impossível, que tentou sobreviver às pressões sociais de um país mergulhado nas trevas do regime salazarista. A política de Salazar obrigou à separação dos dois amantes, mas nunca conseguiu matar o amor que os unia. Poderá ainda haver um final feliz, ou será tarde demais?
Entre o ambiente de Lisboa nos anos sessenta, a guerra em África e o retrato de uma sociedade governada pelo medo, o autor, com base numa história real, escreve um romance emocionante e comovente a que nenhum leitor ficará indiferente.










Comecei a ler este livro no primeiro dia do ano e posso dizer que comecei bem 2010.
Este livro fala do amor entre Rodrigo e Beatriz. Rodrigo, um médico pró-democracia, soldado à força e Beatriz, membro da Mocidade Portuguesa, filha de um dos grandes da PIDE. Não esperava muito do livro, até porque o tema (um amor estilo Romeu e Julieta) me parecia demasiado banal. Mas enganei-me e ainda bem.
Passado na nossa história recente, numa Lisboa profundamente dividida entre aqueles que consideravam o regime politico um ultraje à inteligência e aqueles que o consideravam o ideal. Através da história dos vários personagens compreendemos mais um pouco desta realidade que foi a dos meus pais e avós.
Beatriz pertence à mocidade portuguesa e é parte de uma família infeliz, cujo patriarca se comporta como um ditador de 5ª categoria, que para além de ser um dos grandes da PIDE, é péssima pessoa. Utiliza o poder para maltratar e é acérrimo defensor do regime simplesmente porque lhe dá jeito. Beatriz, cresce sob o lema “Deus, pátria e família” e vê nas obras feitas por Salazar (como a ponte Salazar, actualmente 25 de Abril) a prova de que o regime é o melhor para Portugal.
Rodrigo é um convicto defensor da democracia, apesar de não concordar com a utilização todos os meios para atingir os fins. Ou seja, Rodrigo opta sempre por não desertar da guerra por uma questão de honra.
Rodrigo e Beatriz conhecem-se, apaixonam-se e são separados por uma guerra que não é deles, que tantas vidas roubou, que tantas histórias mudou.
Um livro surpreendente, que foge à clássica forma dos romances de cordel que nos ensinam que o amor pode tudo e muda tudo. Um romance histórico, que conta parte da nossa história.

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