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Ler por aí

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28
Out09

O Plano Infinito, Isabel Allende

Patrícia


Sinopse



O protagonista deste épico e intimista romance, Gergory Reeves, é um gringo que se fará a si próprio no mundo dos hispanos da Califórnia, e que encarna muitos dos defeitos e virtudes da nossa sociedade. Ao longo do livro, o leitor vai encontrar-se com os sentimentos de marginalização social e do racismo, com a paixão da actividade política, com os contrastes entre opulência e pobreza, com a patética realidade da guerra do Vietname, com a experiência da evolução do conceito de família, com a incessante busca e vivência do amor... que ao mesmo tempo leva Gergory Reeves ao seu pessoal Plano Infinito, intuído na sua infância quando o pai pregava.



Um dos livros que comprei com a revista Sábado por apenas €1.5! E que grande livro.

Não posso dizer que me surpreendeu mas sim que não me desiludiu. A qualidade a que a escritora Isabel Allende nos habituou está mais uma vez patente neste livro.

Um conto, uma vida. Gregory Reeves, filho de um pregador errante e de uma mulher distante e fria cresce órfão de pai e sem o amor e a dedicação da mãe numa comunidade de Latinos. Lá encontra aqueles que serão o seu exemplo de pais, Pedro e Imaculada Morales, aquela que será sua amiga toda a vida Cármen Morales, aquele (Juan José) que partilhará consigo a experiência de morte e guerra no Vietname.

O seu “plano infinito” mostra-nos a busca pelo amor, pela amizade, pela busca de si próprio num desfiar de erros e desafios. Temas como o suicídio, a morte e o racismo estão presentes neste livro.

A escrita é, como sempre, maravilhosa. É fantástico como um livro denso pode ser tão fácil de ler. Isabel Allende é realmente uma das grandes escritoras da actualidade.

04
Out09

O leitor de Bernhard Schlink

Patrícia


As expectativas estavam altas, claro. Um livro conceituado, excelentes criticas, quer oficiais quer dos oficiosas, e até um filme, com direito a galardões e muita publicidade. Portanto peguei neste livro com (quase a) certeza de que não iria gostar. Sim, tenho alguma tendência a não gostar dos livros que toda  gente gosta... pelo menos se lhes pego na altura em que estão na berra. Portanto peguei neste livro com cuidado e em férias, altura em que a mente aberta e o descanso merecido permitem que leia com maior descontracção. Assim foi e confesso que adorei.
Um livro que para mim vale pela magia das letras, das histórias. Onde se realça a importância da partilha das histórias, dos livros.
Hanna, é uma personagem fascinante. Muito mais do que o personagem masculino. Hanna tem um segredo que marca a sua vida e toda e qualquer atitude. Depois é um efeito bola-de-neve, onde, as decisões erradas que tomou lhe sairão caras.
Neste livro não há vilões, nem heróis. Há pessoas, que viveram uma época complicada, na Alemanha Nazi, onde cumprir uma ordem, agir por moto próprio ou não agir de todo podiam ter e tiveram consequências demasiado pesadas. Após o fim da guerra e o acordar do pesadelo iniciou-se um longo processo de cura, de remissão dos pecados para toda uma nação. Inevitavelmente foram também aí cometidos erros que culminaram em injustiças. Mas nem sequer é bem isto que é retractado neste livro. Mas sem dúvida que é um inicio de reconciliação com os sobreviventes derrotados da guerra. Hanna é um misto de bem e mal, de inocência e honra, de verdade e mentira. Tendo sido guarda num campo de concentração, tendo enviado para a morte dezenas ou mesmo centenas de mulheres, tendo sido culpada da morte de tantas apenas pela ausência de acção, é apesar de tudo isso uma mulher que apenas cumpriu ordens porque tinha de as cumprir, porque não poderia fazer outra coisa. É verdade que todos nós somos capazes de dizer que teríamos a coragem, a sapiência e a vontade de fazer diferente, mas será isso verdade? Seria possível agir de forma diferente?
Hanna tem um segredo. Esta é a história do que é possível fazer para manter um segredo. O que é que a Hanna está disposta a sacrificar de forma a mantê-lo secreto?
E a força necessária para ultrapassar algo que se encara com vergonha, repulsa. A força necessária para tal. 
Escrever mais era contar a história. E não o vou fazer... Leiam o livro. Vale a pena.

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